segunda-feira, maio 30, 2005

Por outro lado...

... a Rua de St.ª Catarina fica muito mais bonita com este clima!

A bem de toda a gente...

Chegou o clima quente de Verão. O Ministério da Saúde deveria elaborar um diploma que, no mínimo, recomendasse os STCP a retirar todo e qualquer apoio para as mãos que se encontrasse acima do nível da cintura.

Assim não havia desculpa para levantar os braços!

sexta-feira, maio 27, 2005

Geeks

Confesso-me! Sou um completo geek!

Relembrei-me deste facto muito recente, numa conversa com amigos sobre o último/mais recente episódio da saga Star Wars... Demos por nós a discutir o mais ínfimo pormenor de que tínhamos memória sobre os filmes e a estabelecer ligações e simbolismos entre os mais banais acontecimentos passados nas 6 películas.

Foi um bom exercício. Trouxe-me a nostalgia típica de quem tira satisfação destas tertúlias entre conhecedores deste tipo de assuntos.

E de facto orgulho-me de ser geek. Gosto de banda desenhada, de ficção científica, de filmes de terror, de Heavy Metal, jogos de computador, board games, literatura fantástica, etc...

Parece-me que torna o meu "mundo" mais rico. Sem desprimor para quem não partilha este "mundo" comigo...

A habilidade de sonhar e a imaginação são dois dos atributos fundamentais da complexidade humana. E para mim são de uma importância completamente essencial. Se algum dia as perder posso considerar-me irremediavelmente perdido.

Resta-me continuar a sonhar, então...

quarta-feira, maio 18, 2005

Filhos da Miséria

O Mundo é muito injusto. Sabem porquê?
Nascem duas crianças. Quando um novo ser nasce, não escolhe onde, nem quando, nem em que circunstâncias. Vamos imaginar que nascem em Lagos. Não no Algarve, mas sim na capital desse imenso e riquíssimo país que é a Nigéria.
Uma nasce numa clínica privada. É o filho de um empresário importante. Um gestor numa petrolífera que opera na Nigéria, que por sua vez é explorada por uma outra multinacional americana. No alto do seu arranha céus, olha a cidade pela parede envidraçada do seu escritório de luxo. Este preto é um homem de sorte. Tem tudo. Vivenda de luxo no bairro rico, carro alemão, criadas... tudo. Quando olha da janela, desvia o olhar do bairro da lata.
Na periferia da cidade, nasce outra criança. Nasce por sorte, mas não com sorte. Porque nascer é aqui tão aleatório, tão comum, tão difícil... é um acto de amor, desinteresse, expoliação. Dor. A parteira do bairro, mal a preta acaba de parir, corta o cordão com uma tesoura ferrugenta. Esta criança é o filho de um pai que já não o viu nascer. Nunca o conhecerá, porque morreu semanas antes. Com uma doença que infectou a mãe, que condenou o filho. Este, não viverá tempo suficiente para ter memórias.
Nasceram os dois no mesmo país. Une-os essa indelével realidade, de ser o país onde o petróleo, os minérios, a riqueza é explorada. O capitalismo separou-os. Porque a riqueza está, numa pequena fracção, nas mãos daqueles que a começam a explorar, como o empresário, e em maior proporção nas mãos dos europeus, dos americanos, dos asiáticos que lucram com o sangue de África.
Enquanto ouço Fela Kuti, outro dos muitos nigerianos dos bairros da lata exterminados pela SIDA, não me deixo de indignar com esta impressionante injustiça. Até quando os países "civilizados" do "mundo desenvolvido" continuarão a vampirizar o "terceiro mundo"? Até quando vamos assistir indiferentes à miséria que o imperialismo semeia?

segunda-feira, maio 16, 2005

Parabéns a nós!

Ultrapassamos a bonita marca dos 500 visitantes!

Vamos lá, pessoal, toca a trabalhar para o ainda mais bonito número 1000!

Divulguem isto pelos vossos amigos! Eu já fiz o mesmo e fui completamente ignorado!
Mas vale a pena na mesma...

A todos os visitantes os nossos sinceros agradecimentos!

A Gerência

quarta-feira, maio 11, 2005

Compreender o "XX"

Já foi dito e redito, principalmente por homens, que é extremamente difícil entender as mulheres, chegando mesmo ao ponto de se afirmar que pertencemos a planetas diferentes.

Porém, tal dificuldade de compreensão mútua (sim, porque sei que existem problemas no sentido inverso das relações) continua e, creio eu, continuará sempre a intrigar-me.

Um dos aspectos que me deixam mais confuso é o seu lado masoquista. Não, seu perversos, não me refiro ao S&M físico, mas sim ao masoquismo emocional.

Porventura, existirá alguém iluminado o suficiente, seja homem ou mulher, que me consiga explicar a razão pela qual (quase todas) as mulheres ficam sempre com quem as trata mal? Qual o porquê da típica relação conturbada de maus tratos (agora nos dias que correm, mais a nível psicológico, em contraponto com as tareias antigas, que ainda não sairam de moda)? Ser mal tratada, ignorada, vezes sem conta, e ainda assim voltar sempre, perdoar, justificando com o suposto amor que existirá lá fundo, por detrás dos actos violentos, dos insultos... E depois o recorrer ao ombro amigo, onde o carinho é finalmente encontrado e aceite como amizade, ignorados que são outros sentimentos, velados a custo...

É ainda o síndroma da mulher recatada, dona de casa, que aguarda a chegada a casa do marido e a proverbial tareia que o acompanha? É uma acomodação, o receio de partir para outra relação? O medo do abandono? Será assim tão grande o temor da solidão que valha a pena anos de abusos e de desprezo?

Não sei, nunca hei-de saber...

segunda-feira, maio 09, 2005

Doces Amêndoas

Ora nem de propósito. Comentava eu um post dizendo que as mulheres arábes eram extremamente sensuais (vide "cinta descida") quando hoje li que lançaram em Portugal o primeiro (?) romance erótico escrito por uma muçulmana: Amêndoa. A autora de 45 anos de idade é de um país árabe do Magreb (não revelado por razões de segurança) e escreve sob o pseudónimo "Nedjma". O livro é semi autobiográfico semi colagem de depoimentos reais de mulheres.


Tornozelo à mostra causa espanto num desfile de moda.

Deixo-vos com as palavras dela (retiradas de um artigo da Marie Claire brasileira, versão online):

"Não sou casada. Já passei da idade de colocar aliança no dedo. Antes eu pensava que deveria me arrumar, mas reconsiderei. A instituição do casamento é injusta com as mulheres do meu país. Prefiro viver em união livre. Encontrei meu equilíbrio em uma relação de amor, de respeito e de parceria com um homem que, como eu, é monogâmico. Mas não pude ter filhos. Eles não seriam reconhecidos por lei. Escrevi um livro erótico porque não havia romances do gênero escritos por muçulmanas. O erotismo é a mais forte arma contra os conservadores. Descrevo as revoltas do corpo, mas também o gozo. Uso pseudônimo para me proteger, mas levo uma vida normal. Nunca vivi experiências homossexuais ou grupais como as descritas no livro. Minha vida sexual é de um conformismo aflitivo, as orgias ferem a minha concepção de amor, exclusivo e fiel. Mas cada um desfruta do corpo como quer. No livro sagrado, a sexualidade é uma dimensão essencial da vida. Um bom crente é alguém que sabe equilibrar as esferas carnal e espiritual. Eu diria mais: existe um lado hedonista que defende o justo aproveitamento dos bens que Deus colocou em nossas mãos. Agradecemos a Deus por ter feito os pássaros, as árvores, os frutos da terra e por ter permitido que duas almas possam se amar e se encontrar pelo corpo. Procuro acreditar que existem brechas, mesmo nas sociedades mais restritas. O que me contam da Arábia Saudita confirma que, atrás do véu e das portas fechadas, há licenças inacreditáveis. O único porém é que esses mundos paralelos prolongam a vida desses beatos que pretendem comandar os muçulmanos com abusos e intolerâncias. Acredito que o mundo árabe muçulmano seja mais libertino do que aparenta. Resta a ele tornar-se livre.''

Acho que temos de ser um pouco mais Árabes na maneira como vemos o sexo. Temos de nos voltar a excitar com o ver de relance uma perna, um tornozelo. Hoje em dia no Ocidente, temos de arranjar excitação no fundo de um poço muito negro. Com a Internet é fácil ver todo e qualquer tipo de acção . E isso arruína a fantasia.

domingo, maio 08, 2005

Culpado do crime de estupidez extrema!

O realizador/actor Ivo Ferreira pode ficar sujeito a cumprir uma pesa pesada por fumar um charro em terras árabes.

Nada tenho contra o uso de drogas leves, acho que a proibição e criminalização do consumo destas substâncias é em certa medida um exagero e principalmente é a forma errada de abordar o "problema".

Mas cometer o acto irreponsável de fumar droga num país em que a religião dominante (que está na base da lei do estado!) condena severamente várias formas de "vícios" é uma burrice completa!

Pedir clemência?

Antes é melhor pedir juízo!

sexta-feira, maio 06, 2005

Inter-racial

Sempre achei interessante o facto de nos filmes ou séries norte-americanas, os casais formados por elementos de raças diferentes são sempre muito raros ou inexistentes. Mas este estigma chega até aos reality-shows, como o hediondo Dismissed desse bordel do mainstream que é a horrenda MTV, e que consiste numa espécie de competição de 2 pessoas de um sexo por 1 pessoa de outro, que no final escolhe um dos sois. Mesmo aqui os arranjinhos são uni-raciais.
Até que ponto chega a mentalidade dos norte-americanos, com os produtores a recear alguma perda de lucros por temerem a extensão do preconceito racial e a condenação de uma sociedade conservadora, que já deu mostras de ser muito mais tacanha do que parece.
Felizmente, nem todos os Estados Unidos da América alinham pela mesma bitola. Assim, temos séries como "Sete Palmos de Terra" a rodar na 2: (Six Feet Under, no original), que tem um casal inter-racial. Interessante é o facto de serem também homossexuais masculinos... e um deles é um tremendo cliché, um agente de polícia, de bigode e tudo.
Onde está o preconceito, ou a sua dissimulação?

terça-feira, maio 03, 2005

Mais Cebolo!

O que se revela para lá deste link é elucidativo e dispensa comentários adicionais da minha humilde pessoa...

http://xobineskipatruska.blogspot.com/2003_08_01_xobineskipatruska_archive.html

Desfrutem (ou disfrutem, o que vos apetecer!) ...

segunda-feira, maio 02, 2005


Será que se vendeu a edição toda?

domingo, maio 01, 2005

Pronto, pronto...

Eu já tinha avisado que podia cair em tentação de escrever algo como o que escrevi recentemente... mas ninguém levou a sério. Peço desculpa e vou tentar controlar-me, para ver se não faço mais asneirada e não trago para estas páginas nada que nos faça ser visitados por ratazanas de laboratório e biblioteca, à procura de explicações para aquilo que lhes atormenta o sono.
Mas mais uma vez aviso! Eu posso ser de extremos. Não me deixeis cair em tentação de falar o pior que aqui já foi falado!
Ainda por cima numa altura em que vejo no hediondo programa do Herman José, a mãe do nosso Primeiro Ministro. O nosso Co-incinerador Mor. O nosso Grão-Vizir do Choque Tecnológico.
Não me obriguem a falar!
Numa altura em que a imagem da Nossa Senhora de Fátima e as dos dois Beatos Pastorinhos saíram em procissão para inaugurar uma igreja em Alverca, tendo sido transportadas por um helicóptero da Força Aérea.
Dá-me vontade de processar o Governo, por permitir esta inconstitucionalidade, lesando, assim, o Estado nos seus fundos (quanto custa cada milha de um helicóptero?) e nos seus princípios (a República Portuguesa constitui um Estado laico).
Dá-me vontade de aconselhar obras de referência para quem se interessa por estas coisas dos milagres de Fátima. Correi, pois, aos vossos alfarrabistas, em demanda de "Na Cova dos Leões" de Tomás da Fonseca, e de "Fátima Desmascarada", de João Ilharco.
Esperem-me notícias próximas, cheias de escárnio, maldizer e deminíaca verborreia.