terça-feira, abril 26, 2005

Genética

Na Sic Notícias, mais precisamente no programa "60 Minutes", vi a reportagem sobre um gangster, que já se encontrava preso, e que tinha confessado a autoria de 36 (!) assassinatos...

E, para acrescentar mais um pormenor de classe, na entrevista contou como, depois de um interrogatório, matou um bandido que o tentou alvejar. Segundo o autor confesso, Anthony Casso, tudo se passou numa casa emprestada e não alvejou a vítima na cabeça para não sujar a casa ao amigo. Admitiu no entanto alvejá-lo várias vezes. Por insistência do entrevistador admitiu que poderiam ter sido "talvez 15 vezes"!!! Mas sem o torturar, frisou o criminoso.

Como se isto não bastasse, este gangster confessou ter no seu payroll dois detectives do NYPD, que lhe apreendiam as vítimas para as execuções. 2 polícias. Altamente condecorados. Entre eles já tinham recebido cerca de 100 louvores por bravura no cumprimento do dever.

Um deles, um tal de Lou Eppolito, era mesmo o recordista de condecorações da polícia.

No entanto, este detective já tinha enfrentado uma acusação de fornecimento de informações policiais à Máfia e tinha sido ilibado. Na altura mostrou-se indignado, afirmando que estava a sofrer na pele o facto de ter ascendência italiana.

Factos: o pai de de Lou Eppolito era conhecido como Fat Gansgter e era hitman da Máfia. O seu tio era um Capo da Máfia. E ele era agora acusado de assassinato e cumplicidade em assassinatos.

Terá a herança cultural e/ou genética deste polícia levado-o para o Dark Side?

Ou as condecorações terão sido ganhas à custa de rivais mafiosos e com inside info?

P.S.: Perdoem-me os anglicismos, mas num tema destes por vezes faltam melhores termos na Língua Portuguesa. E perdoem-me a extensão do post.

1 comentário:

F.S. disse...

O ser-se politicamente correcto leva a que situações como esta aconteçam. Na altura da entrada do homem para a "force" toda a gente deve ter pensado "F***** este gajo tem mesmo nome de mafioso...". Mas não era correcto corrê-lo por causa disso...