Então estuda muito, para seres alguém na vida. Estuda o golo da Grécia na final de 2004. Estuda os dois ontem da Alemanha, tudo igual. Tudo.
A defesa tem destas coisas. Aqueles cruzamentos, dizem os laterais e os centrais, pertencem mais aos guarda-redes. Atacante que fuja da marcação, ou entra em fora-de-jogo ou, caso contrário, e num cruzamento, se o defesa não interceptar, cabe ao guarda-redes sair ao cruzamento.
Ricardo saiu, sim senhor. Caricato, no golo de Ballack, punhos cerrados como habitualmente, aqueles braços ridiculamente esticados e o corpo absurdamente hirto mergulhando para baixo.
Essa deselegância dos punhos fechados e dos braços hirtos, até a aceitava bem se funcionasse. Mas, caramba! Quantas vezes a defesa passou por calafrios cada vez que a bola era socada para a frente e para baixo, ou seja, em direcção aos pés dos avançados contrários?
Mas não vejo ninguém a apontar dedos ao senhor Ricardo.
E se em vez do Ricardo fosse outro qualquer a fazer os mesmissimos erros? Tinha a Cruz à espera!
Ricardo goza de um estatuto que eu não compreendo no futebol português em âmbito de selecção.
Porque no campeonato doméstico, toda a gente sabia o que ele valia. Em Espanha, toda a gente sabe o que ele vale, e por isso não é titular.
Ricardo surge em número um na baliza da Selecção por questões única e exclusivamente políticas.
Scolari é teimoso para umas coisas, mas nunca o é para quem lhe dá o dinheiro a ganhar.
Baía foi, em 2004, considerado o melhor guarda-redes da Europa. A final da Liga dos Campeões contra o Mónaco começou a ser ganha, por exemplo, com uma saída de Baía fora da grande-área, desarmando com os pés o atacante monegasco. Não é qualquer guarda-redes que tem sangue frio para uma coisa destas. Baía saía elegantemente a qualquer cruzamento, impondo a sua graciosidade, a sua força, a sua capacidade de elevação, a sua raça. Baía continua a ser o jogador de futebol de toda a história do futebol com mais títulos ganhos. Cada ano que jogou, ganhou sempre alguma coisa.
Scolari podia teimar contra a FPF, em 2004, para chamar o Baía à Selecção. Mas preferiu teimar contra a realidade e apoiar a FPF nos seus intuitos de se vingar do jogador por este ter sido testemunha abonatória de alguém com contencioso com a FPF num processo judicial. Decisões políticas.
Scolari foi teimoso ao contrário, porque o verdinho é muito bom. Venha a nós.
Scolari continuou a teimar por esses anos fora. Deixando, por exemplo, Maniche este ano em casa. O resultado foi o que se viu: equipa sem Deco e sem Ronaldo não funciona, não há ninguém que transporte a bola no meio campo, com força ou táctica. Achou que era com Moutinhos que lá ia... Sinceramente, até acho que o JVP, embora a acenar aos 40, até teria sido uma melhor escolha táctica.
Scolari foi teimoso ao negar coisas que absurdamente toda a gente viu. Agressões a jogadores, má educação, falta de carácter.
Foi teimoso a defender os "mininos" da imprensa. Não foi teimoso em manter a sua posição limpa no que toca aos seus próprios contratos. Tal como Ricardo, Scolari goza de um estatuto incompreensível na Selecção, apesar de toda a gente saber que tudo o que ele faz, desde vociferar o hino, beijar a bandeira, defender os "mininos", foi única e exclusivamente por dinheiro.
Desculpem o desabafo. Não escrevi isto por estar aborrecido com o afastamento da Selecção. Para mim esse facto foi-me indiferente, como o é desde que saiu a convocatória para o Euro 2004. Escrevi porque achei que era a altura certa, a altura em que a Selecção pode voltar a ser a de todos nós. (Tenho as minhas dúvidas, mas guardo uma pequena esperança).
A defesa tem destas coisas. Aqueles cruzamentos, dizem os laterais e os centrais, pertencem mais aos guarda-redes. Atacante que fuja da marcação, ou entra em fora-de-jogo ou, caso contrário, e num cruzamento, se o defesa não interceptar, cabe ao guarda-redes sair ao cruzamento.
Ricardo saiu, sim senhor. Caricato, no golo de Ballack, punhos cerrados como habitualmente, aqueles braços ridiculamente esticados e o corpo absurdamente hirto mergulhando para baixo.
Essa deselegância dos punhos fechados e dos braços hirtos, até a aceitava bem se funcionasse. Mas, caramba! Quantas vezes a defesa passou por calafrios cada vez que a bola era socada para a frente e para baixo, ou seja, em direcção aos pés dos avançados contrários?
Mas não vejo ninguém a apontar dedos ao senhor Ricardo.
E se em vez do Ricardo fosse outro qualquer a fazer os mesmissimos erros? Tinha a Cruz à espera!
Ricardo goza de um estatuto que eu não compreendo no futebol português em âmbito de selecção.
Porque no campeonato doméstico, toda a gente sabia o que ele valia. Em Espanha, toda a gente sabe o que ele vale, e por isso não é titular.
Ricardo surge em número um na baliza da Selecção por questões única e exclusivamente políticas.
Scolari é teimoso para umas coisas, mas nunca o é para quem lhe dá o dinheiro a ganhar.
Baía foi, em 2004, considerado o melhor guarda-redes da Europa. A final da Liga dos Campeões contra o Mónaco começou a ser ganha, por exemplo, com uma saída de Baía fora da grande-área, desarmando com os pés o atacante monegasco. Não é qualquer guarda-redes que tem sangue frio para uma coisa destas. Baía saía elegantemente a qualquer cruzamento, impondo a sua graciosidade, a sua força, a sua capacidade de elevação, a sua raça. Baía continua a ser o jogador de futebol de toda a história do futebol com mais títulos ganhos. Cada ano que jogou, ganhou sempre alguma coisa.
Scolari podia teimar contra a FPF, em 2004, para chamar o Baía à Selecção. Mas preferiu teimar contra a realidade e apoiar a FPF nos seus intuitos de se vingar do jogador por este ter sido testemunha abonatória de alguém com contencioso com a FPF num processo judicial. Decisões políticas.
Scolari foi teimoso ao contrário, porque o verdinho é muito bom. Venha a nós.
Scolari continuou a teimar por esses anos fora. Deixando, por exemplo, Maniche este ano em casa. O resultado foi o que se viu: equipa sem Deco e sem Ronaldo não funciona, não há ninguém que transporte a bola no meio campo, com força ou táctica. Achou que era com Moutinhos que lá ia... Sinceramente, até acho que o JVP, embora a acenar aos 40, até teria sido uma melhor escolha táctica.
Scolari foi teimoso ao negar coisas que absurdamente toda a gente viu. Agressões a jogadores, má educação, falta de carácter.
Foi teimoso a defender os "mininos" da imprensa. Não foi teimoso em manter a sua posição limpa no que toca aos seus próprios contratos. Tal como Ricardo, Scolari goza de um estatuto incompreensível na Selecção, apesar de toda a gente saber que tudo o que ele faz, desde vociferar o hino, beijar a bandeira, defender os "mininos", foi única e exclusivamente por dinheiro.
Desculpem o desabafo. Não escrevi isto por estar aborrecido com o afastamento da Selecção. Para mim esse facto foi-me indiferente, como o é desde que saiu a convocatória para o Euro 2004. Escrevi porque achei que era a altura certa, a altura em que a Selecção pode voltar a ser a de todos nós. (Tenho as minhas dúvidas, mas guardo uma pequena esperança).
1 comentário:
O ódio ao Porto foi mais alto! todos aplaudiram porque era o maior símbolo do F.C.P e de Portugal que estava a ser excluido. Falam-se de muitos motivos para a exclusão do melhor guarda redes de todos os tempos Português.Ente muitos sabe-se que Scolari , não gosta de lideres, pelo menos daqueles que sabem de futebol, e cuja opinião é respeitada por todos.
Viu-se no caso desta selecção, o líder era o nulo gomes ou o vaidoso CR7. Como é possível ? os resultados estão à vista, nos momentos mais importantes algo falhou. Nem sempre a sorte apaga os nossos erros, e scolari vai ver isso quando for para o chelsea.
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