Após um interregno de quase cinco anos, voltei a trabalhar numa escola pública. O que encontrei é radicalmente diferente do que deixei. De facto, este governo e esta ministra estão a destruir o sistema educativo português e a transformar a educação num conjunto de estatísticas para Bruxelas acenar e sorrir.
A malfadada avaliação de professores é ridícula e abriu o fosso entre a classe, instalando uma névoa espessa que tolda o entendimento de cada um e que os transforma ("os", porque aquele não é o meu mundo) em infelizes burocratas que anseiam a reforma para fugir para bem longe daquele pesadelo.
Não vejo muitas soluções a não ser a "luta armada" contra este autoritarismo desmedido, que ameaça corromper um dos mais importantes pilares da Democracia e garante da Liberdade que é a Educação.
Ou se luta, ou se abraça carinhosamente a esquálida ministra e se dá boas notas aos meninos, para entrar no jogo sórdido de interesses e números que o Governo pretende que seja o sistema educativo, evitando assim longas tormentas e ludibriando a avaliação dos professores às custas de o fazer com a dos alunos.
A malfadada avaliação de professores é ridícula e abriu o fosso entre a classe, instalando uma névoa espessa que tolda o entendimento de cada um e que os transforma ("os", porque aquele não é o meu mundo) em infelizes burocratas que anseiam a reforma para fugir para bem longe daquele pesadelo.
Não vejo muitas soluções a não ser a "luta armada" contra este autoritarismo desmedido, que ameaça corromper um dos mais importantes pilares da Democracia e garante da Liberdade que é a Educação.
Ou se luta, ou se abraça carinhosamente a esquálida ministra e se dá boas notas aos meninos, para entrar no jogo sórdido de interesses e números que o Governo pretende que seja o sistema educativo, evitando assim longas tormentas e ludibriando a avaliação dos professores às custas de o fazer com a dos alunos.
4 comentários:
Olá!
Na tua escola também há armas de plástico para os meninos brincarem?
Deve ser material didactico novo. Como já são mais "crescidos" e não vão ter o Magalhães, recebem armas de plástico... Deve ser um brinquedo parecido hehe
Bom ano para o Chapéu!
Beijinhos, Vera F.
Ai, a (des)educação... Que tema mais complicado! Por estas bandas também há descontentamento, se bem que por outras razões. A começar no 5.º ano, os putos da Alemanha têm 3 hipóteses antes da Universidade ou Ensino Profissional: a Hauptschule, a Realschule e o Gymnasium. Cada um com o seu grau de dificuldade, citados do mais simples para o mais complicado (e pela mesma ordem de longevidade)... Perto no fim do ciclo de cada um destes ramos, o aluno tem a possibilidade de se transferir para o ramo de complexidade imediatamente acima (por exemplo da Hauptschulepara a Realschule) com base na boa performance académica e com a realização de um exame. Na teoria, parece uma boa medida para proporcionar soluções de ensino consoante as necessidades de cada um (sendo que a fria realidade é que nem todos têm a mesma capacidade/condições sociais de aprendizagem/ambição) mas tem vários problemas intrínsecos... Por exemplo, a escolha de qual o ramo de ensino que a criança seguirá, a partir do 5.º ano, é feita com base na avaliação feita pelo corpo docente e poderá não reflectir as preferências dos pais (ou da criança) e pode condicionar/limitar o percurso escolar. Apenas o Gymnasium, mais orientado para o estudo das disciplinas na sua componente máxima teórica, permite a continuidade dos estudos que leva à Universidade e as outras duas vertentes, mais direccionadas para as componentes práticas, levam ao possível ingresso na Berufschule, que é uma instituição de ensino orientada para a formação profissional nos mais variados campos. Outro problema é que diminui a heterogeneidade da classe estudantil em cada um dos anos. Se por um lado isto tem vantagens a nível dos alunos com ambições académicas mais elevadas, também leva a uma concentração de alunos com problemas a nível escolar (independentemente das origens destes problemas) na Hauptschule e Realschule, dificultando assim a tarefa das instituições e dos alunos em si, não permitindo que exista um ambiente como o que existia nos meus tempos de 2.º e 3.º ciclo, no qual alguns alunos com problemas de comportamento e dificuldades de aprendizagem beneficiavam da presença dos outros alunos e sofriam uma influência positiva no seu comportamento escolar. É de facto muito complicado, atender a todos estes problemas sem enveredar por segregação ou discriminação, por mais que seja com boas intenções... A isto tudo, soma-se ainda o problema de que cada Província tem um certo grau de independência na orientação das instituições de ensino, causando assim divergências dentro do país, a nível de contéudo do ensino e mesmo de duração (por exemplo em Leipzig, e em outras cidades do Leste, o Gymnasium vai até ao 13.º ano, ao contrário do que acontece no Oeste da Alemanha, onde vai apenas até ao 12.ª ano, como em Portugal).
Já agora, muito boa sorte para ti companheiro, nessa jornada pelo inferno! ;)
A educação é um negócio muito complexo mesmo. A escola para todos só funciona se a sociedade fosse mais equilibrada, mais justa. Acredito até que num país como a Alemanha, haveria mais benefícios na existência de um sistema único do que nessa multiplicidade toda, ao contrário do que se passa aqui no rectângulo, onde a mesma escola não consegue dar respostas a tão diversos interesses e desinteresses.
De qualquer forma, obrigado por tudo, e já falta pouco para chegar ao outro lado. A senhora que foi parir e me cedeu a vaga, em Abril já volta e eu, em princípio, jubilo-me do ensino de uma vez por todas!
Abraço!!!
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