Como era de esperar, Cavaco Silva anunciou há uns dias a sua candidatura a PR. Fê-lo a cheirar vitória, já que as alternativas, por muito preferíveis que sejam, estão praticamente condenadas à partida. Manuel Alegre, o cabeça-de-cartaz da oposição, desta vez concorre no fio da navalha como candidato do PS e BE. Sim. Como raio é que dois partidos tão marcadamente inimigos vão conseguir gerir o apoio ao mesmo candidato presidencial sem entrar em hipocrisias e contradições entre o que dizem na Assembleia da República e na campanha eleitoral? Erro enorme, erro fatal do PS, do BE e, principalmente, de Alegre, que deixou de contar com o espírito de cidadania e independência que o caracterizou na eleição anterior e que lhe valeu cerca de um milhão de votos. Alegre, em debate, vai perder expressão, opinião, moral. Por mais que grite, gesticule, argumente ou convoque o espírito dos camaradas antifascistas, de nada lhe vai servir. Será como se entrasse mudo e saísse calado. Quando muito, será o candidato LGBT, pois não vejo em que mais PS e BE terão concordado.
Gostava que Nobre surpreendesse nestas eleições, à semelhança de Alegre nas últimas. Mas os eleitores não o vão compreender. Independente, honesto, íntegro, empreendedor, bem intencionado, mas falta-lhe escola política. Este povo que diz constantemente que perdeu a confiança nos políticos é o mesmo povo que dificilmente votará em alguém que não tenha o tique carismático e a eloquência de um político de escola. É o povo contraditório, que diz raios e coriscos do Sócrates mas que o elegeu afinal.
Dos restantes candidatos nem vale a pena falar.
Como tal, Cavaco apresenta-se na pole position, aquecendo para uma corrida que, infelizmente, dificilmente perderá. O mesmo Cavaco que há 5 anos foi eleito com grande ajuda do argumento de que o país precisava de um PR que compreendesse profundamente a economia. E o jeito que isso nos deu!
Gostava que Nobre surpreendesse nestas eleições, à semelhança de Alegre nas últimas. Mas os eleitores não o vão compreender. Independente, honesto, íntegro, empreendedor, bem intencionado, mas falta-lhe escola política. Este povo que diz constantemente que perdeu a confiança nos políticos é o mesmo povo que dificilmente votará em alguém que não tenha o tique carismático e a eloquência de um político de escola. É o povo contraditório, que diz raios e coriscos do Sócrates mas que o elegeu afinal.
Dos restantes candidatos nem vale a pena falar.
Como tal, Cavaco apresenta-se na pole position, aquecendo para uma corrida que, infelizmente, dificilmente perderá. O mesmo Cavaco que há 5 anos foi eleito com grande ajuda do argumento de que o país precisava de um PR que compreendesse profundamente a economia. E o jeito que isso nos deu!
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