quinta-feira, novembro 06, 2008

Voltei à escola

Após um interregno de quase cinco anos, voltei a trabalhar numa escola pública. O que encontrei é radicalmente diferente do que deixei. De facto, este governo e esta ministra estão a destruir o sistema educativo português e a transformar a educação num conjunto de estatísticas para Bruxelas acenar e sorrir.
A malfadada avaliação de professores é ridícula e abriu o fosso entre a classe, instalando uma névoa espessa que tolda o entendimento de cada um e que os transforma ("os", porque aquele não é o meu mundo) em infelizes burocratas que anseiam a reforma para fugir para bem longe daquele pesadelo.
Não vejo muitas soluções a não ser a "luta armada" contra este autoritarismo desmedido, que ameaça corromper um dos mais importantes pilares da Democracia e garante da Liberdade que é a Educação.
Ou se luta, ou se abraça carinhosamente a esquálida ministra e se dá boas notas aos meninos, para entrar no jogo sórdido de interesses e números que o Governo pretende que seja o sistema educativo, evitando assim longas tormentas e ludibriando a avaliação dos professores às custas de o fazer com a dos alunos.

segunda-feira, julho 14, 2008

Infecções e perfuração de órgãos diminuíram com nova lei do aborto

«As infecções e a perfuração de órgãos associadas ao aborto clandestino diminuíram em mais de metade desde que a lei da interrupção voluntária da gravidez (IVG) entrou em vigor há um ano, disse o director-geral da saúde. A propósito do primeiro ano da aplicação da lei que permite a IVG até às dez semanas, cuja regulamentação entrou em vigor a 15 de Julho de 2007, Francisco George considerou que estes dados revelam que «a lei é boa e protege as mulheres»

in Público (fonte: Lusa)


Seus ratos de sacristia, suas beatas naftalínicas, seus Priores, Curas, Abades, Diáconos, Leigos. Suas alimárias do CDS/PP, ponham os olhos nisto! É isto que a lei veio a evitar. São as primeiras provas concretas dos benefícios de um enquadramento legar mais justo para as mulheres portuguesas. Se mesmo assim achais que não, como é vosso apanágio, é apenas a prova concreta da vossa proverbial estupidez.

Não se tratam de pequenas afecções, mas sim de infecções e perfurações de órgãos que, em grande parte dos casos, levam à morte! E tudo isto era provocado pelas parteiras de vão-de-escada. Infecções resultantes de condições de assépsia inexistentes. Perfurações de órgãos da cavidade pélvica e abdominal resultantes da manipulação mecânica da cavidade uterina por via de "sondas" com que as ditas parteiras/assassinas logravam destruir os fetos. "Sondas" que, como está reportado, podiam ser, por exemplo, agulhas de croché e outros objectos contundentes. Era isto que se passava em grande escala antes da lei que veio trazer Portugal, neste aspecto, para fora da Idade das Trevas com que o cunho salazarista e cerejeirista nos remeteram.

Mas vós que queríeis negar a liberdade de uma mulher se decidir pelo aborto sem ser criminalizada por isso, queríeis, peremptoriamente, lucidamente, concretamente, colocar estas mulheres em risco de vida.

A prova que sois negligentes, que sois insensíveis, que apenas vos interessais pelo vosso próprio bem, ao contrário dos ideais cristãos que apregoais à boca cheia. A prova de que sois hipócritas.

Para ver, a declaração de Francisco George no Público.


domingo, julho 13, 2008

Férias, enfim!

Vamos de férias, por isso não se admirem que os posts neste vosso blog diminuam drasticamente de frequência.

quinta-feira, julho 03, 2008

Ingrid Betancourt libertada finalmente!

Notícia do Público:

Colômbia: Ingrid Betancourt e três réféns americanos resgatados pelo Exército
02.07.2008 - 20h26 PÚBLICO, Agências

Ingrid Betancourt e três reféns norte-americanos há vários anos em poder da guerrilha das FARC foram resgatados pelo Exército colombiano, anunciou o ministro da Defesa, Juan Manuel Santos. O responsável revelou que outros 11 militares foram também libertados nesta operação.

Segundo o responsável, a operação helitransportada foi realizada na província de Guaviare, no Sudeste da Colômbia, um dos principais bastiões das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).

Manuel Santos adiantou que o estado de saúde dos 15 resgatados é considerado "razoável" tendo em conta os anos passados em cativeiro, em situações muito adversas na selva tropical.

Betancourt, que detém dupla nacionalidade francesa e colombiana, foi sequestrada em Fevereiro de 2002, quando fazia campanha para as presidenciais que viriam a ser ganhas pelo actual Presidente, o conservador Álvaro Uribe.

Desde então foram feitas várias tentativas para conseguir a sua libertação, a última das quais promovida, no início deste ano, pelo Presidente venezuelano, Hugo Chávez. Mas os contactos com as FARC tornaram-se mais difíceis depois de Raul Reys, o “número dois” da guerrilha, ter sido abatido numa operação do Exército colombiano no vizinho Equador, em Março passado.

Por essa altura, as notícias davam conta que a antiga senadora se encontrava gravemente doente e que teria mesmo sido levada pelos guerrilheiros a postos médicos em zonas isoladas – notícias que a guerrilha nunca confirmou. No último vídeo divulgado pelas FARC, no final de 2007, Ingrid surgia muito magra e apática, reforçando os receios pela sua saúde.

Os três americanos em poder da guerrilha – Thomas Howes, Keith Stansell e o lusodescendente Marc Gonçalves – foram capturados em 2003, depois de o avião em que seguiam se ter despenhado na selva, durante uma operação de combate ao narcotráfico promovida pelo Departamento de Defesa dos EUA, em colaboração com as autoridades colombianas.

O ministro da Defesa revelou ainda que os 11 militares resgatados são, na sua maioria, oficiais e como tal integravam o grupo de 40 reféns que as FARC admitiam libertar em troca de 500 guerrilheiros detidos nas prisões de Bogotá.

Operação "audaciosa"

Há vários anos que os militares colombianos tentavam resgatar Betancourt e os quatro americanos, os mais conhecidos das centenas de reféns em poder da guerrilha, apesar dos apelos de familiares e dirigentes estrangeiros que alertavam para os riscos de uma operação deste género.

Esta tarde, numa conferência de imprensa convocada pouco antes, Juan Manuel Santos surpreendeu todos ao anunciar a libertação dos reféns "numa operação militar durante a qual foi possível infiltrar o primeiro círculo das FARC, aquele que durante os últimos anos vigiou um importante grupo de reféns".

O ministro explicou que os reféns estão divididos em três grupos, pelo que o Exército, graças a agentes infiltrados, fez passar uma mensagem de que Alfonso Cano, o novo líder das FARC, ordenara que os reféns fossem levados à sua presença e que para isso deveriam ser reunidos num determinado ponto de Guaviare.

Um helicóptero militar camuflado, com agentes dos serviços secretos militares a bordo, deslocou-se depois para o local de reunião, com o pretexto de recolher os reféns. Os guerrilheiros que acompanhavam os detidos "foram imediatamente neutralizados", incluindo um operacional conhecido como "César", alegadamente o chefe dos carcereiros.

O responsável garantiu que não foi efectuado qualquer disparo e que, em nenhum momento da operação, a segurança dos reféns foi posta em causa.

Não poupando elogios aos seus efectivos, o ministro da Defesa afirmou que esta foi uma operação "sem precedentes" que "ficará na história "pela sua audácia e eficácia".

(Última actualização às 22h51)

domingo, junho 22, 2008

Mudar de Vida

O jornal popular Mudar de Vida já vai na sua 8ª edição.

Do site do jornal:

"Acerca do MV

capa0a.jpg MUDAR DE VIDA é um jornal político popular que se edita em dois suportes: internet e papel. Um primeiro número experimental, em papel, foi amplamente divulgado no 25 de Abril e no 1.º de Maio de 2007; e, em 30 de Maio, foi distribuído um suplemento dedicado à greve geral. A edição de papel sai com regularidade mensal a partir da primeira semana de Outubro de 2007. Os nossos propósitos estão expressos no estatuto editorial que a seguir se publica. Sem suportes financeiros, sem estrutura partidária que o apoie, MUDAR DE VIDA depende inteiramente, desde a nascença, do acolhimento que encontrar. A todos fazemos um apelo. Enviem-nos críticas e sugestões. Se se sentirem cativados, colaborem na divulgação junto de colegas, amigos, vizinhos. E se acharem que este projecto vale a pena, façam uma assinatura.

Equipa


Redacção: Cristina Meneses, João Bernardo, José Mário Branco, Manuel Raposo, M. Gouveia, Pedro Goulart Colaboradores: António Louçã, Cândido Guedes, Carlos Simões, Eugénio Silva, Rita Moura, Manuel Monteiro, Renato Teixeira, Rui Pereira, Urbano de Campos Cartune: Manuel da Palma Site: David Raposo"

E quem quiser a última edição em pdf, aqui está ela.

sexta-feira, junho 20, 2008

Queres marcar golos ao Ricardo?

Então estuda muito, para seres alguém na vida. Estuda o golo da Grécia na final de 2004. Estuda os dois ontem da Alemanha, tudo igual. Tudo.

A defesa tem destas coisas. Aqueles cruzamentos, dizem os laterais e os centrais, pertencem mais aos guarda-redes. Atacante que fuja da marcação, ou entra em fora-de-jogo ou, caso contrário, e num cruzamento, se o defesa não interceptar, cabe ao guarda-redes sair ao cruzamento.

Ricardo saiu, sim senhor. Caricato, no golo de Ballack, punhos cerrados como habitualmente, aqueles braços ridiculamente esticados e o corpo absurdamente hirto mergulhando para baixo.

Essa deselegância dos punhos fechados e dos braços hirtos, até a aceitava bem se funcionasse. Mas, caramba! Quantas vezes a defesa passou por calafrios cada vez que a bola era socada para a frente e para baixo, ou seja, em direcção aos pés dos avançados contrários?

Mas não vejo ninguém a apontar dedos ao senhor Ricardo.

E se em vez do Ricardo fosse outro qualquer a fazer os mesmissimos erros? Tinha a Cruz à espera!

Ricardo goza de um estatuto que eu não compreendo no futebol português em âmbito de selecção.

Porque no campeonato doméstico, toda a gente sabia o que ele valia. Em Espanha, toda a gente sabe o que ele vale, e por isso não é titular.

Ricardo surge em número um na baliza da Selecção por questões única e exclusivamente políticas.

Scolari é teimoso para umas coisas, mas nunca o é para quem lhe dá o dinheiro a ganhar.

Baía foi, em 2004, considerado o melhor guarda-redes da Europa. A final da Liga dos Campeões contra o Mónaco começou a ser ganha, por exemplo, com uma saída de Baía fora da grande-área, desarmando com os pés o atacante monegasco. Não é qualquer guarda-redes que tem sangue frio para uma coisa destas. Baía saía elegantemente a qualquer cruzamento, impondo a sua graciosidade, a sua força, a sua capacidade de elevação, a sua raça. Baía continua a ser o jogador de futebol de toda a história do futebol com mais títulos ganhos. Cada ano que jogou, ganhou sempre alguma coisa.

Scolari podia teimar contra a FPF, em 2004, para chamar o Baía à Selecção. Mas preferiu teimar contra a realidade e apoiar a FPF nos seus intuitos de se vingar do jogador por este ter sido testemunha abonatória de alguém com contencioso com a FPF num processo judicial. Decisões políticas.

Scolari foi teimoso ao contrário, porque o verdinho é muito bom. Venha a nós.

Scolari continuou a teimar por esses anos fora. Deixando, por exemplo, Maniche este ano em casa. O resultado foi o que se viu: equipa sem Deco e sem Ronaldo não funciona, não há ninguém que transporte a bola no meio campo, com força ou táctica. Achou que era com Moutinhos que lá ia... Sinceramente, até acho que o JVP, embora a acenar aos 40, até teria sido uma melhor escolha táctica.

Scolari foi teimoso ao negar coisas que absurdamente toda a gente viu. Agressões a jogadores, má educação, falta de carácter.

Foi teimoso a defender os "mininos" da imprensa. Não foi teimoso em manter a sua posição limpa no que toca aos seus próprios contratos. Tal como Ricardo, Scolari goza de um estatuto incompreensível na Selecção, apesar de toda a gente saber que tudo o que ele faz, desde vociferar o hino, beijar a bandeira, defender os "mininos", foi única e exclusivamente por dinheiro.

Desculpem o desabafo. Não escrevi isto por estar aborrecido com o afastamento da Selecção. Para mim esse facto foi-me indiferente, como o é desde que saiu a convocatória para o Euro 2004. Escrevi porque achei que era a altura certa, a altura em que a Selecção pode voltar a ser a de todos nós. (Tenho as minhas dúvidas, mas guardo uma pequena esperança).


domingo, junho 08, 2008

Estamos vivos!

Há pessoas que lêem o nosso blog. Ontem tivemos um comentário a um post de Fevereiro de 2005.

quarta-feira, junho 04, 2008

Não por decreto!

"Palavras cria-as o tempo e o tempo as mata..."

José Cardoso Pires, in "O Delfim"

A perversão básica do novo acordo ortográfico está no facto de que é a maneira como se fala que condicionará a maneira como se escreve. Assim tem sido ao longo de todo o desenvolvimento das línguas e dialectos. Os portugueses pariram o português da mistura do latim com o suevo e com o árabe e sabe-se lá que mais palreares que por aqui pulularam em tempos idos. Passámos a escrever em português porque o latim, morto e enterrado, começava a ser língua snob a tresandar a sacristia.

O português soube mudar por si só, vivo e arisco, somando-se de novos vocábulos, mudando as letras ao sabor do marear da fala. Perdemos pê-agás de pharmácia depois de termos desusado a botica. Reinventámo-nos nos irrealismos de África quando os ritmados irmãos dançaram com as nossas línguas e nos deram novos mundos, que abalaram para o Brasil e aí fundaram a nação das nações do português.

Mas nós aqui vivemos no rectângulo do Eça. Do Pessoa e do Camões. Do Ary, do Eugénio, do Saramago. Nós aqui mudamos a nossa própria língua quando ano após ano, uma nova palavra, nova maneira de escrever, começa a pular de boca em boca, de folha em folha, de teclado em teclado, saindo para o meio da rua como o povo em vésperas de São João.

Temo, com um temor de expatriado, que ao ser decretada uma nova e estranha língua, seja ela a ditar como nós falaremos ao invés de sermos nós a deixar que ela mude.

Não hei-de escrever as minhas caras ou baratas palavras de forma diversa do que faço agora, se isso me for imposto por decreto. A minha pátria é a Língua Portuguesa, e dela não abdico por uma ditadura de ímpios e estranhos contornos economicistas.

Venham acordos e decretos, que cá estarei de facto. Venham novos correctores ortográficos subverter os computadores, que penas, lápis, aparas, o botão direito do rato e a opção "ignorar" cá estarão para lhes fazer frente. Comigo, o novo acordo não passará.

Mudarei o que falo e o que escrevo quando a Língua, viva e livre, assim o decidir, e nunca deixarei que ela parta agrilhoada num navio negreiro para o Brasil.

quinta-feira, maio 29, 2008

Mais uma jogada suja


Tudo bem que devemos cumprir metas na redução de dióxido de carbono, evitar poluentes e melhorar a qualidade do ar nas nossas cidades. Mas não à custa do empobrecimento de todos nós, da míngua da economia e, claro está, do enriquecimento dos barões das petrolíferas à giza de especulação.

Por isso acha o Governo, e muito bem, que não deve interferir nos preços ao reduzir os impostos. Não é de taxas que se fazem os preços destes produtos, mas sim de pura demagogia financeira.

A mim não me apanham mais a abastecer nas bombas dos três grandes mafiosos.

quarta-feira, maio 07, 2008

Futuro em chamas

Mais uma vez, no cortejo da queima do Porto, a tónica dominante das sátiras estudantis foi a falta de empregos que espera os recém-licenciados. Via o cortejo junto do magistral edifício da Reitoria, onde ainda vigora o Departamento de Zoologia e Antropologia da Faculdade de Ciências, que tantos anos lá passei. Uma parte do telhado do edifício abateu-se sobre os laboratórios, gabinetes e biblioteca do Departamento devido ao incêndio de segunda-feira passada. Alguns investigadores perderam meses, senão anos de trabalhos de investigação. As arcas congeladoras com material biológico, por exemplo, ficaram danificadas. Tudo isto num Departamento que, no ano passado, devido a cortes orçamentais, ficou com um orçamento tão ridículo que nem dava para comprar um computador, segundo confissões de um responsável.
A Faculdade de Ciências tem um ensino e uma investigação de excelência no nosso País e na Europa. Mesmo assim, os seus formandos não têm escoamento no mercado de trabalho. Que o diga o nosso digno conchapelista horned_dog. E, a meu ver, não é devido ao excesso de profissionais formados pela Faculdade, mas mais devido à grande falta de interesse e investimento por parte de sucessivos Governos em quadros técnicos e científicos. De outra forma, esses mesmos quadros não teriam sucesso no estrangeiro.
O corso da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação levou uma tónica diferente ao cortejo. "Traz o teu lego para construirmos a nossa faculdade". A funcionar desde a sua fundação em dois esquálidos barracões pré-fabricados, esta instituição também de excelência, cuja taxa de empregabilidade é das maiores do País, tem um projecto de novas e dignas instalações aprovado há anos, com maquete (que tem servido de paisagem para o presépio de Natal) e terreno. Mas os seus trabalhadores e alunos têm que suportar um frio enregelante no Inverno, um calor sufocante no Verão, a crónica falta de espaço e a ausência de um bar ou refeitório, o que numa instituição que estuda as questões e problemas da alimentação, torna-se tão mais escandaloso quão despropositadas são as máquinas de vending instaladas na sala de convívio.
Algo está mal na maior, melhor e mais dinâmica academia do País.

domingo, abril 27, 2008

Más influências

Com vergonha aqui a anuncio que as más companhias podem de facto estragar uma pessoa. E que eu próprio sucumbi a este fenómeno. Vou deixar-vos aqui um exemplo simples: ontem, eu próprio, fiz jogging de manhã, fui às compras de tarde - de bicicleta - e à noite, por ocasião dum acontecimento que se chama a "Noite dos Museus", visitei dois deste terríveis locais.

É assustador. Sinto-me sujo!

Para compensar isto, hoje tenho de passar o dia a ver pornografia na net, comer toneladas de chocolate, feijão e coiratos (não necessariamente por esta ordem) e coçar os tomates.

sábado, abril 12, 2008

6ª Mostra da UP


Já decorre a 6ª mostra da maior universidade do País. A do Porto, claro. Termina amanhã e hoje está aberta até às 23:00. Tudo o que se passa na UP, este ano nas instalações da FADEUP (ex FCDEF), no polo da Asprela (traseiras do Hospital de São João).

Jardim Botânico

Naquelas manhãs em que quase não chove, alguns raios de sol espreitam por entre a canópia e refulgem no verdejante tapete do Jardim Botânico do Porto. É sempre um local aprazível, de grande paz e beleza.



Instalado na Quinta dos Andresen, casa mítica que pertenceu às vivências da Sophia, o Jardim Botânico do Porto é pertença da Faculdade de Ciências e lá funciona o Departamento de Botânica, que, entre outras áreas, desenvolve projectos de ensino e investigação em Biotecnologia, Conservação, Didáctica, Taxonomia...

A não perder o jardim das suculentas, o bosque de gimnospérmicas, o roseiral, presentemente em recuperação, o jardim dos jotas, os lagos e, claro, o imponente interior do palacete.

Um local para regressar, sempre e sempre!

sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Haka Barrosã

Homenagem às bravas gentes do Barroso!



Queria ver os All Blacks a meterem-se com um grupo destes de transmontanos de fibra!

Há tchouriça!!!

domingo, fevereiro 10, 2008

???

Enviaram-me este vídeo por e-mail. Mas não lhe consegui achar piada. Curiosamente só tive pena. Muita pena do pobre homem.



Será que me estou a transformar num ser humano decente?!

segunda-feira, janeiro 21, 2008

Outlandos d'Amour

Na Europa comunitária do séc. XXI há um novo tipo de emigrante - o emigrante que não emigra por falta de condições políticas, económicas e sociais no seu país de origem. A este tipo de emigração gosto de chamar Outlandos d'Amour, tal como título do 1º álbum dos britânicos The Police: Outlando de "outlander" (estrangeiro, estranho) e d'amour porque estes se movem por essa Europa por causa de amor.

A mais um amigo que está prestes a se tornar um deles aqui lhe deixo a letra de uma música do Fausto Bordalo Dias, aquando da sua também "peregrinação" europeia no "Para além das cordilheiras":

Foi por ela que amanhã me vou embora
ontem mesmo hoje e sempre ainda agora
sempre o mesmo em frente ao mar também me cansa
diz Madrid, Paris, Bruxelas quem me alcança
em Lisboa fica o Tejo a ver navios
dos rossios de guitarras à janela
foi por ela que eu já danço a valsa em pontas
que eu passei das minhas contas foi por ela

Foi por ela que eu me enfeito de agasalhos
em vez daquela manga curta colorida
se vais sair minha nação dos cabeçalhos
ainda a tiritar de frio acometida
mas o calor que era dantes também farta
e esvai-se o tropical sentido na lapela
foi por ela que eu vesti fato e gravata
que o sol até nem me faz falta foi por ela

Foi por ela que eu passo coisas graves
e passei passando as passas dos Algarves
com tanto santo milagreiro todo o ano
foi por milagre que eu até nasci profano
e venho assim como um tritão subindo os rios
que dão forma como um Deus ao rosto dela
foi por ela que eu deixei de ser quem era
sem saber o que me espera foi por ela

Boa sorte amigo.