segunda-feira, outubro 24, 2005

Tecno-dependências

Há certos objectos que num instante parecem supérfluos e no instante seguinte tornam-se um vício/necessidade digno de estudo.

Os telemóveis, por exemplo:

Começaram como uma vaidadezinha de quem podia despender uns (bons) cobres para andar a fazer um vistaço na rua e junto dos amigos.

Agora não os largamos. É sms p’ra trás, é mms p’rá frente! E os toques, os toques, meu Deus! É toque para dizer que se chegou a casa bem, é toque para se dizer que se saiu de casa, é o toque só para se dizer que se está do outro lado… São polifónicos, são mp3, são máquinas fotográficas digitais que até dão para fazer chamadas, vejam bem…

Alguém se recorda do tempo em que se marcava um encontro e quando alguém se atrasava (ou era impedido de comparecer à última da hora) isso significava esperar infinitamente até acabar a paciência?

Pois é… Parecem longínquos esses tempos (os catraios nem imaginam o que isso seria).

Vivia-se mais devagar, nem melhor nem pior, mas simplesmente mais devagar. Era diferente.

1 comentário:

Rui Valdiviesso disse...

É verdade! Vivia-se devagar, saboreava-se o momento...
Depois, começámos a perder essa noção.
Havia pessoal que ficava a noite toda a jogar Dune e nem dava pelo tempo a passar...
A máquina veio dominar o homem!