terça-feira, novembro 22, 2005

Hábitos Europeus

Ah, pois... claro... nós somos sempre maus... os portuguesitos. Os tristes habitantes do velhinho país, de velhissimas fronteiras. Mas temos grandes hábitos, um dos quais merece figurar na lista das características dos habitantes europeus.
Os alemães... bebem cerveja e comem salsichas. Os franceses levam a baguete debaixo do braço. Os ingleses são pontuais e bebem chá. Os suiços fazem relógios e chocolate. Os italianos comem spaguetti. Os espanhois dizem olé. Os holandeses... bem... cultivam tulipas, pronto!
E os portugueses? O que nos define?
Simples: OS PORTUGUESES COSPEM NO CHÃO.
Venho agora da rua onde vi uma criancinha que não teria mais de cinco anos, a puxar de uma belissima verde e a projecta-la com semelhante orgulho da sua lusitanidade, que não tive mais dúvida: a escarradela é o que nos define como europeus pluralistas e multiculturais.
Caso contrário, não espantaria a estranja que nos vem visitar, e que, à sua muito peculiar maneira, lá nos vai elogiando: "disgusting!".

segunda-feira, novembro 21, 2005

O Eduardo Acertou!

Ora leiam a crónica do Eduardo Prado Coelho no Público:
A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres. Agora dizemos que não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates. O problema está em nós. Nós como povo. Nós como matéria prima de um país. Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais. Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO. Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos ... e para eles mesmos. Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos. Pertenço a um país onde a falta de pontualidade é um hábito. Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano. Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos. Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros. Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é "muito chato ter que ler") e não há consciência nem memória política, histórica nem económica. Onde nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar a alguns. Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser "compradas", sem se fazer qualquer exame.> Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme> para não dar-lhe o lugar. Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão. Um país onde fazemos> muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes. Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado. Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas. Não. Não. Não. Já basta. Como "matéria prima" de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que nosso país precisa. Esses defeitos, essa "CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA" congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente ruim, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não em outra parte... Fico triste. Porque, ainda que Sócrates fosse embora hoje> mesmo, o próximo que o suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada... Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá. Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, e nem serve Sócrates, nem servirá o que vier. Qual é a alternativa? Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror? Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa "outra coisa" não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados....igualmente abusados! É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda... Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um messias. Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer. Está muito claro... Somos nós que temos que mudar. Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a nos acontecer: desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e francamente tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez. Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar responsável, não para castigá-lo, senão para exigir-lhe (sim, exigir-lhe) que melhore seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido. Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO. AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO EM OUTRO LADO. E você, o que pensa?.... MEDITE!

sexta-feira, novembro 11, 2005

Benny Hill está vivo!


Posted by Picasa

Este grande mestre da comédia, afinal, não morreu. O Chapéu foi dar com ele a viver uma vida pacata numa residência em Lisboa, onde nos recebeu vestido de mulher, para lembrar os velhos tempos da BBC. Benny Hill confidenciou-nos que escolheu partilhar o destino de Elvis, Lady Di ou até mesmo Ayrton Senna, simulando a sua morte e escolhendo um lugar longínquo e desconhecido, cheio de nativos ignorantes, para viver os seus últimos dias. Desconhecia era que o iríamos reconhecer. Tivesse feito como a Amália, que foi viver para um atol na Polinésia…
(Ver comentários para mais informações...)

Mérito a quem de direito...

Os prémios da CDP (Confederação do Desporto de Portugal) foram atribuídos, tendo o galardão de "Melhor Treinador do Ano", referente a 2004, sido entregue a José Peseiro.

Concordo. Acho perfeitamente justo.

Na temporada pretérita esse senhor conseguiu a proeza de perder todas as competições em que o seu clube estava envolvido mesmo mesmo nas últimas e derradeiras fases das competições.

É obra. Caso difícil de repetir e que não estará ao alcance de todo e qualquer Zé que povoa os bancos dos rectângulos de jogo.

(E pronto, se o meu colega Slinkman tem o tique dos comentários científicos perfeitamente legítimos, eu tenho o tique do ocasional disparate futebolístico!)

quinta-feira, novembro 10, 2005

O Periquito Assassino II

A gripe das aves é mais uma das muitas e nefastas consequências do consumismo e da sobreexploração dos recursos naturais.
Que direito tem um produtor de negar as necessidades básicas a uma dada espécie, com vista unicamente no maior lucro possível? Nenhum, claro! Mas nós, criaturas antropocêntricas por natureza, só nos podemos aperceber disso na medida em que somos prejudicados na nossa própria existência.
Infelizmente, as medidas preventivas deste tipo de situações são muito difíceis de aplicar, dado que há muito capital envolvido. Aqui, como em tudo o que meta dinheiro, cria-se uma hierarquia de aproveitadores dos males dos outros (sendo que os outros tanto podem ser animais humanos como não humanos).
Num nível mais baixo, estão os produtores de aves de aviário. A eles, como já vimos, interessa-lhes a rentabilidade máxima, e não têm escrúpulos em forçar ao máximo a indignidade dos efémeros portadores da sua matéria-prima – as aves – desde que seja rentável.
A um nível superior, encontram-se os senhores da indústria farmacêutica, e estes, sim, têm um aproveitamento duplo desta situação. Se por um lado, os aviários exigem grande quantidade de antibióticos e outros medicamentos, por outro, as doenças humanas que daí advêm, exigem muito mais. A caça aos antigripais já começou!
Estes lobbies poderosíssimos inspiram em mim o pessimismo que aprendi com Luís Sepúlveda, que afirma ser extremamente difícil suportar medidas que mexam com o capital.
De qualquer forma, uma solução razoável para prevenir este tipo de situações epidémicas seria legislar, com consciência e a participação de veterinários, biólogos e outros técnicos e teóricos, as condições mínimas em que um aviário pode funcionar. E estas condições dizem respeito, sobretudo, ao espaço disponível para cada ave, ao uso de medicamentos e às acções de limpeza e desinfecção.
Outra das acções a tomar, com certa urgência, é a limitação das populações de pombos urbanos, as tais ratazanas com asas, que, ao contrário daquilo que os técnicos afirmam, poderão não estar imunes a estirpes do vírus das aves. De qualquer forma, são um grande foco de doenças, além de destruírem o património arquitectónico e monumental das cidades.
Depois, se os pombos se tornarem, por acaso, portadores do vírus, o seu contacto privilegiado com a população humana e de outros animais urbanos, pode tornar-se num problemático foco de contágio.
Quanto à passarada migratória, considero ser a mínima das preocupações para o nosso país. Talvez os países da Europa de Leste tenham que controlar mais a saúde dos seus migradores, mas aqui em Portugal, os eixos preferenciais da migração são Norte-Sul. Preocupemo-nos se a gripe chegar a Marrocos. Se vierem aves de Leste, o mais provável é que, se estiverem infectadas e doentes, morram antes de chegar cá.
As feiras ao ar livre também não devem constituir grande problema, se forem cumpridas certas medidas de segurança, como por exemplo, a limpeza escrupulosa dos dejectos, penas e restos de alimentos que ficam nos terreiros.
Já chega de fechar os olhos à realidade. É muito mais provável que o vírus se dissemine nos aviários que em qualquer outro lado. E aqui, os tratadores das aves e as suas famílias, são o principal grupo de risco.

Voltarei quando houver mais novidades. Até lá, não se ponham a fugir dos passarinhos, eles têm mais a temer de nós que nós deles.

segunda-feira, novembro 07, 2005

O Periquito Assassino I

Como é que um país na cauda da Europa em ternos de educação e saúde, gere as suas expectativas relativamente à gripe das aves?
Com alarmismo, claro! Pois é isso que vende jornais e dá audiências aos noticiários. Um alarmismo bacoco e descontextualizado do problema real, com laivos de ignorância transeunte e histeria de mercadores da inocente passarada.
No outro extremo, assiste-se aos especialistas da área, sempre eruditos e ecléticos, discutindo a denominação correcta do vírus e as diferentes estirpes.
E a raiz do problema?
Fala-se de medidas de saúde pública, de remédios, vacinas, galinhas e pombos, mas ainda não ouvi uma explicação razoável sobre de onde veio o malfadado vírus, porque apareceu e porque se disseminou.
Estamos no país dos “bitaites”, onde quem vai à televisão falar destas coisas é quase sempre o médico, que por sua vez é amigo comum de um Secretário de Estado e do director de programas e que tratou a papeira ao filho do jornalista que conduz o debate.
A figura central do médico, sobrevalorizada, dava azo para muitos posts dedicados ao medicocentrismo do sistema de saúde.
Claro que os médicos têm uma palavra a dizer neste assunto, tal como os veterinários. Mas o problema é muito mais abrangente, e a sua foice só entra na seara do mal que já está feito.
Um vírus deste tipo só pode ter surgido em condições de grande intervenção antrópica, ou seja, fomos nós que lhe demos uma mãozinha, e estamos a sofrer as consequências disso.
O que eu pretendo afirmar é que o tal vírus não surgiu por acaso na Natureza, mas é uma criação potenciada pela exploração humana de certas espécies de aves. É o protesto desesperado das galinhas de aviário por melhores condições de vida.
Mais: é a velha história do certo e errado, do bem e do mal, do compromisso entre o consumo e a sustentabilidade.
Como?
Aqui vai: qualquer espécie de animal social se distribui num dado espaço de acordo com as reservas deste, sendo que esta distribuição é um comportamento que resulta de milhões de anos de evolução genética, de adaptação a um ambiente às suas condições.
O Homo sapiens, toldado pela sua pretensa superioridade sobre as outras espécies, perverteu esses comportamentos naturais, forçando grandes “culturas” de animais que visam a máxima rentabilidade numa área mínima.
Assim, temos aviários onde centenas de milhares de aves estão confinadas a espaços pequeníssimos, em oposição com o espaço que essas aves necessitariam para ter uma vida minimamente digna.
Quando falo em dignidade animal, neste caso específico, refiro-me à sua protecção contra o contágio de agentes patogénicos.
Cada comportamento animal tem inerente uma medida de riscos e benefícios. Assim sendo, os animais que vivem em sociedades com um certo nível de organização, fazem-no porque as vantagens (exploração de recursos alimentares, baixa dispersão reprodutiva, estratégias de fuga aos predadores) são maiores que as desvantagens (maior incidência de contágio de parasitas, vírus e bactérias, competição por recursos, etc.…).
A evolução beneficiou, portanto, os animais socialmente mais aptos, espalhando os seus genes numa população.
As aves de capoeira não são estranhas a esta teoria. Basta observar meia dúzia de galinhas e um galo num pequeno terreiro para constatar que existem áreas preferenciais para a alimentação, para a postura, diferentes tipos de relações hierárquicas, o domínio do macho… E isto tudo em aves domesticadas. Já nem falo em aves selvagens!
A grande perversão destes instintos sociais é forçar o aumento exponencial do número de animais por unidade de área – o aviário.
Imagine o leitor um pequeno espaço onde sobrevivem apertadíssimas, centenas de milhares de aves, para exploração de carne ou ovos. A probabilidade de contágio aumenta exponencialmente!
É por demais conhecido o uso de antibióticos nos aviários, para combater as doenças normais que surgem com estas situações. Mas mesmo com uma grande mortalidade de indivíduos, continua a ser rentável criar em aviários. Uma área reduzida exige poucos funcionários e menores gastos em energia e limpeza. E se em 100 000 galinhas morrerem umas 3 000, não há grande prejuízo para o avicultor.
Com o contágio assim facilitado, aumentam também as probabilidades de mutação de vírus. Terá sido assim que surgiu a gripe das aves, algures no Oriente, e é neste contexto que as estirpes dos vírus se podem diferenciar, não sendo de todo absurdo considerar que uma dessas mutações possa tornar possível o contágio humano-humano.
Esta é a forma que as aves têm, metaforicamente, de protestar contra as suas condições de vida, avisando-nos que o que fazemos à Natureza, mais tarde ou mais cedo, se reflecte em nós.

E como este post está a tornar-se enorme e cansativo, deixo-vos com uma boa dose de argumentos geniais, escritos por João Alves, 17 anos, sobre os princípios da discriminação e preconceito em relação às outras espécies, e que o leitor pode encontrar na secção dos comentários.

Regressarei em breve com muito mais sobre as aves migratórias, os dejectos e as ratazanas com asas.

quinta-feira, novembro 03, 2005

Dias Tranquilos em Clichy

Alguns de vós devem reconhecer o título, de um romance de Henry Miller, esse grande Miller que viveu mais recentemente os últimos resquícios desse Paris das boulevards e dos cafés iluminados a gás de Baudelaire. O Paris do quartier latin onde o nosso Santa Ritta pintor, que preferia que lhe chamassem Pauvre Guillaumme (já o governo Português da altura não suportava financeiramente os estudantes veja-se!), se passeava com um galgo por uma trela. Onde as bailarinas da Ópera Nacional, favorito tema de Degas eram todas oriundas de famílias pobres e após os espectáculos se encontravam com senhores de classes altas para arranjarem protectores. Se o ballet falhasse havia sempre as mesas do Chat Noir, onde se supõem, que o tema para a única escultura de Degas, a célebre Pequena Bailarina tenha terminado os seus dias. Essa Pequena Bailarina, que tantas consciências abalou.

Ora hoje, Clichy não tem estado tão tranquilo. Dizia um parlamentar que foram queimados nestes últimos dias cerca de 150 automóveis. Duram estes levantamentos populares há já 5 noites. Mas porquê? Ora Clichy é um pobre bairro de emigrantes àrabes oriundos do Magrebe - onde para se arranjar um emprego tem de ser ir a 100 entrevistas, onde ainda se é posto de lado pela sociedade Gaulesa por causa da cor da pele e pela religião. Ora a maioria dos Árabes de Clichy são tão Franceses como os habitantes da Cova da Moura são Portugueses. Não tem culpa que os países que os acolhem agora e lhes dão a nacionalidade se tenham servido das suas ex-pátrias da forma que quiseram durante séculos e agora os ponham em ghettos sem esperança no futuro e sem emprego. Comeram-lhes a carne, agora comam os ossos.

Lembra-me um maravilhoso filme que vi nos anos 80, e que desde então nunca mais tive a felicidade de ver de novo. Chamava-se "Thé au harem d'Archimède", e tratava exactamente do jovem Árabe Francês e da sua luta do quotidiano. Foi apresentado no Festival de Cannes em 1985 e realizado por Mehdi Charef.

Se puderem vejam. Tenho a certeza que compreenderão melhor. Deixo-vos o link para a entrada no IMDB.


Mau crédito

Parece que foi assinado um acordo entre o Estado Português e o Estado Moçambicano, segundo o qual, o país africano irá pagar a Portugal, em prestações menos que suaves, cerca de 790 milhões de euros de dívidas referentes à Hidroeléctrica de Cahora Bassa. Este montate é menos de metade da dívida estimada pelas autoridades portuguesas (2,3 MIL MILHÕES de euros). Mas não deixa de se muito "carcanhol"!

Ainda quero ver como é que Moçambique, um dos países mais pobres do mundo, vai conseguir esta proeza...

Os países africanos estão enterrados até ao pescoço...