Ora nem de propósito. Comentava eu um post dizendo que as mulheres arábes eram extremamente sensuais (vide "cinta descida") quando hoje li que lançaram em Portugal o primeiro (?) romance erótico escrito por uma muçulmana: Amêndoa. A autora de 45 anos de idade é de um país árabe do Magreb (não revelado por razões de segurança) e escreve sob o pseudónimo "Nedjma". O livro é semi autobiográfico semi colagem de depoimentos reais de mulheres.
Deixo-vos com as palavras dela (retiradas de um artigo da Marie Claire brasileira, versão online):
"Não sou casada. Já passei da idade de colocar aliança no dedo. Antes eu pensava que deveria me arrumar, mas reconsiderei. A instituição do casamento é injusta com as mulheres do meu país. Prefiro viver em união livre. Encontrei meu equilíbrio em uma relação de amor, de respeito e de parceria com um homem que, como eu, é monogâmico. Mas não pude ter filhos. Eles não seriam reconhecidos por lei. Escrevi um livro erótico porque não havia romances do gênero escritos por muçulmanas. O erotismo é a mais forte arma contra os conservadores. Descrevo as revoltas do corpo, mas também o gozo. Uso pseudônimo para me proteger, mas levo uma vida normal. Nunca vivi experiências homossexuais ou grupais como as descritas no livro. Minha vida sexual é de um conformismo aflitivo, as orgias ferem a minha concepção de amor, exclusivo e fiel. Mas cada um desfruta do corpo como quer. No livro sagrado, a sexualidade é uma dimensão essencial da vida. Um bom crente é alguém que sabe equilibrar as esferas carnal e espiritual. Eu diria mais: existe um lado hedonista que defende o justo aproveitamento dos bens que Deus colocou em nossas mãos. Agradecemos a Deus por ter feito os pássaros, as árvores, os frutos da terra e por ter permitido que duas almas possam se amar e se encontrar pelo corpo. Procuro acreditar que existem brechas, mesmo nas sociedades mais restritas. O que me contam da Arábia Saudita confirma que, atrás do véu e das portas fechadas, há licenças inacreditáveis. O único porém é que esses mundos paralelos prolongam a vida desses beatos que pretendem comandar os muçulmanos com abusos e intolerâncias. Acredito que o mundo árabe muçulmano seja mais libertino do que aparenta. Resta a ele tornar-se livre.''
Tornozelo à mostra causa espanto num desfile de moda.
Deixo-vos com as palavras dela (retiradas de um artigo da Marie Claire brasileira, versão online):
"Não sou casada. Já passei da idade de colocar aliança no dedo. Antes eu pensava que deveria me arrumar, mas reconsiderei. A instituição do casamento é injusta com as mulheres do meu país. Prefiro viver em união livre. Encontrei meu equilíbrio em uma relação de amor, de respeito e de parceria com um homem que, como eu, é monogâmico. Mas não pude ter filhos. Eles não seriam reconhecidos por lei. Escrevi um livro erótico porque não havia romances do gênero escritos por muçulmanas. O erotismo é a mais forte arma contra os conservadores. Descrevo as revoltas do corpo, mas também o gozo. Uso pseudônimo para me proteger, mas levo uma vida normal. Nunca vivi experiências homossexuais ou grupais como as descritas no livro. Minha vida sexual é de um conformismo aflitivo, as orgias ferem a minha concepção de amor, exclusivo e fiel. Mas cada um desfruta do corpo como quer. No livro sagrado, a sexualidade é uma dimensão essencial da vida. Um bom crente é alguém que sabe equilibrar as esferas carnal e espiritual. Eu diria mais: existe um lado hedonista que defende o justo aproveitamento dos bens que Deus colocou em nossas mãos. Agradecemos a Deus por ter feito os pássaros, as árvores, os frutos da terra e por ter permitido que duas almas possam se amar e se encontrar pelo corpo. Procuro acreditar que existem brechas, mesmo nas sociedades mais restritas. O que me contam da Arábia Saudita confirma que, atrás do véu e das portas fechadas, há licenças inacreditáveis. O único porém é que esses mundos paralelos prolongam a vida desses beatos que pretendem comandar os muçulmanos com abusos e intolerâncias. Acredito que o mundo árabe muçulmano seja mais libertino do que aparenta. Resta a ele tornar-se livre.''
Acho que temos de ser um pouco mais Árabes na maneira como vemos o sexo. Temos de nos voltar a excitar com o ver de relance uma perna, um tornozelo. Hoje em dia no Ocidente, temos de arranjar excitação no fundo de um poço muito negro. Com a Internet é fácil ver todo e qualquer tipo de acção . E isso arruína a fantasia.
2 comentários:
Excelente post!
Uma visão rara sobre a sensualidade nestes dias que correm... E muito verdadeira.
Quantas vezes não encontramos mais sensualidade num elegante vestido negro que deixa adivinhar uma silhueta, do que numa figura desnudada de forma crua?
O mistério, o que está por revelar, aquilo que é difícil de conquistar, torna-se inúmeras vezes mais desejado e satisfatório quando realizado.
Os meus parabéns...
Belo!
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