terça-feira, fevereiro 15, 2005

Clausura

É impossível passar ao lado da partida da Irmã Lúcia para o merecido descanso no céu. Desde o triste momento do seu falecimento somos inundados com imagens da pastorinha. Algumas estações de TV pareciam esperar por este momento a toda a hora, pois no próprio dia do trágico evento fomos brindados com um documentário extenso sobre a grande vida (como o post anterior do meu colega F.S. tão bem mencionou) da pobre carmelita... E pra tornar tudo ainda mais interessante, era narrado por uma voz monocórdica e deprimente de algum pobre beato encostado nas prateleiras da RTP... Oh, descuidei-me quanto à identidade da estação!

A senhora, ou menina, como o estado civil de Lúcia a permite classificar, passou a maior parte de sua vida enclausurada num convento, longe de tudo e de todos. Tudo por causa de uma visão e um punhado de segredos revelados por Nossa Senhora (a de Fátima, não confundir com outras que aparecem por esse mundo fora). Terá valido a pena? A certo ponto não teria sido melhor confessar (ou inventar) que tudo não tinha passado de um delírio conjunto ou desculpa esfarrapada pra vadiagem?

De qualquer maneira, faleceu aos 97 anos, pode dizer-se que foi na horinha dela, bem conservada e quem me dera a mim chegar aos 80 que seja...

Devo dizer que me inspirou mais tristeza a partida de Madre Teresa de Calcutá...

Não me chamem pouco patriótico, apenas realista!

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