Vou ser honesto com os leitores: este texto que se segue é uma transição entre o humor e a política, englobando, logicamente, os dois campos. Não que a política não seja séria, mas torna-se mais apetecível se observada à luneta de um sentido de humor que se espera acutilante.
Uma característica com que me tenho deparado nos nossos governantes mais recentes é a infantilidade, nomeadamente na sua vertente mais mimalha e irritante. Não aquela que se espera numa criança na altura própria do seu desenvolvimento, mas mais a infantilidade tardia e desprezível daqueles que se esperava que tivessem crescido mais um pouco.
Senão, vejamos: os membros do Governo são todos queixinhas. Quando um mete a “pata na poça”, há sempre um ministro ou até o Primeiro, a denunciar o erro, tentando demarcar-se da incompetência. Se é o próprio a errar, não hesita em culpar o próximo, que geralmente é inferior hierárquico. “Foi ele que fez!” – dizem dissimuladamente. E assim se vêm trocando acusações entre ministérios.
Outra das características das crianças é a dificuldade ou incapacidade de se porem no lugar do outro. Vivem no centro do seu próprio mundo, num egocentrismo atroz, sem conhecimento das consequências dos seus actos sobre o próximo. São, assim, naturalmente irresponsáveis. Isto é aceitável numa criança, pois sabemos que, mais tarde ou mais cedo, se vai conseguir descentrar do “eu” e adquirir o ponto de vista dos outros. Mas tal não acontece com os membros do nosso Governo. Os seus actos e as suas decisões acabam sempre por prejudicar um grande número de pessoas, sem que ninguém se pareça importar muito com isso!
Essas características pueris são por demais evidentes se nos centrarmos numa personagem paradigmática: o Ministro da Defesa Nacional. Este imberbe parou, algures, no seu desenvolvimento psicológico, o que pode ser corroborado pela sua fixação fálica nos submarinos, que não se cansa de pedir aos pais – perdão – ao País, à custa do orçamento nacional. Já para não falar no seu gosto em brincar à tropa e em muitos mais desvios.
Já vimos que estas crianças gostam de atribuir a culpa das suas próprias asneiras aos outros, mas há uma em particular que perdeu todo o respeito (ou nunca o teve) e atribui a responsabilidade dos seus actos inconsequentes ao próprio Professor! Este infante terrível é tão irresponsável e desrespeitador que, quando se lembrou de fazer um desenho da família, o próprio “pai” pediu para ser apagado. Ele até desenhou o “avô” que já morreu e a “mãe” que abandonou o lar, deixando-lhe a cargo toda a responsabilidade de o gerir.
Mais uma vez, fruto da falência da família e em comparação com o que acontece nas nossas escolas, a tarefa de educar ficou a cargo do Professor, que, já arrependido de ter aceitado a turma, decidiu expulsá-los, não sem antes os ter posto de castigo.
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