quinta-feira, dezembro 29, 2005
Interregno festivo
Aproveito para desejar uma excelente continuação de boas festas, já que estas coisas duram até aos Reis (6 de Janeiro)...
A todos um excelente 2006, que o ano novo traga melhorias a este nosso país
Um abraço
sexta-feira, dezembro 16, 2005
And in this corner...
Mário "O Bochechas" Soares: antigo ocupante do poleiro e que quer acabar por lá, porque não deve ter nada que fazer entre sestas...
Aníbal Cavaco "A Debulhadora de Pastelaria Festiva" Silva: falhou uma vez, não lhe apetece repetir o fracasso e tá pronto a fazer as contas ao futuro da nação!
Manuel "O Poeta" Alegre: o lírico revolucionário que ninguém cala, vai até ao fim nem que tenha de assinar ele próprio 10.000 vezes!
Jerónimo "O Operário Dançante" de Sousa: acredita poder endireitar os país a tempo de salvar os operário fabris da indútria têxtil dos invasores mongóis, perdão, chineses!
Francisco "O Chico dos Paivas" Louçã: planeia casar todos os homossexuais deste país, mesmo os que não querem, e ao mesmo tempo tentar salvar a política financeira e de emprego, arrasada pela globalização imperialista!
Todos têm as suas qualidades e os seus defeitos, uns mais de uma coisa que de outra, consoante o ponto de vista de cada eleitor.
Continuo com saudades do Paulinho "Beija Feirantes" Portas... Era um excelente complemento para este ramalhete!
Ai, ai...
Vieira 2006! Acreditem, é possível...
quinta-feira, dezembro 15, 2005
Uiiiiiiiiiiiiii
Chamo-lhe interpretação, porque se eu dissesse que ele estava a cantar, seria no mínimo insultuoso para os verdadeiros cantores.
Ele, o Pedro, também nunca escondeu que não sabe cantar e como tal admite que o que faz é uma interpretação dos poemas musicados que compõe.
Isso eu aceito. Mas a exibição dele esta noite, mesmo na sua habitual prestação de declamação, foi... fraquiiiinha!
Até arrepiou, o modo como fugiu de toda e qualquer musicalidade, em tons de voz por vezes ultra-sónicos, como se fosse um adolescente a passar por aquela fase humilhante em que a voz sofre a mudança na puberdade!
Nunca, como hoje, rezei tanto para que a produção tivesse optado por um playback ou uma cover feita por outro intérprete!
Dêem Mebocaína ao senhor...
Sr. Presidente...
terça-feira, dezembro 13, 2005
Diário de um Exterminador Implacável
Como Eu tinha dito, na Minha última sequela: "I'll be back!" Ah... sempre gostei de ouvir a Minha pronúncia austríaca na televisão. Como Eu Sou justo e implacvável! Um deus de metal! Um verdadeiro Conan! Um bárbaro de charuto cubano e fato de bom corte...
Uns idiotas que devem ser comunistas ou coisa parecida, de uma espelunca qualquer tipo Greenpeace da Humanidade... ah... ja me lembro, Amnistia Internacional, é assim que se chama, têm andado a irritar-Me com cartas e petições. Apetecia-Me esmaga-los como insectos, com os Meus punhos todo-poderosos. Queriam que perdoasse um preto qualquer que a impecável justiça do Meu estado condenou à muito adequada pena de morte.
Eu nem sequer sabia que tinha esse poder, de decidir: tu morres! tu não!
Agora, sinto-Me muito melhor! Nem sequer tive que mexer uma palha para matar esse escarumba. Como Sou poderoso!
Lei é lei. Matas, tens que morrer. Assim, às 12:30 AM (N.T.: hora em americano), la fritámos o macaco.
Disseram eles que o "neegro" (N.T.: preto em americano) até foi nomeado 5 vezes para o Prémio Nobel da Paz e 4 vezes para o Prémio Nobel da Literatura! Grande coisa... eu desprezo esses europeus e os seus prémiozinhos insignificantes! Se eu Fui europeu e mudei! Prémios verdadeiros, só os Oscars (N.T. Óscares em americano). Querem lá comparar! Idiotas!
A América é feita de gente forte, que tem o supremo direito de andar com uma Magnum 44 no cinto das calças. Que tem o dever de ter um carro como toda a gente. E de comer um belo "hot dog" (N.T.: cachorro quente em americano) à frente da televisão, de preferência a ver um dos meus aprazíveis filmes em que trocido alguém ou afago uma inocente criancinha. Não precisamos de Nobel Prizes (N.T. nóbéis em saramaguês). Nem queremos mais pretos assassinos. Nem sequer mais pretos a sujar o banco dos júris dos nossos impolutos tribunais.
Se a imaculada justiça americana tirou os pretos do júri no julgamento desse assassino, foi para evitar a solidariedade entre os macacos. "So help me God!" (N.T.: "não cometerei prejúrio" em americano).
"I'll be back!"»
domingo, dezembro 11, 2005
sábado, dezembro 03, 2005
Na Rússia a fome é negra...
Ora bom, esta notícia tem um misto perfeito de comédia e de drama. Fora a obvia comédia, isto faz-me pensar em coisas como o infame "Chupacabras", no célebre desastre da equipa de râguebi nos Andes, no filme "Os Pássaros" de Hitchcock, no CSI, em testes de armas químicas, em cabeças reduzidas na Papua-Nova Guiné, etc, etc...
Escarrar ainda é o menos...
Boa. E nós sempre a criticar os EUA por não assinarem coisas tipo protocolo de Kyoto e tal... [Autor abana a cabeça com olhos postos no teclado...]
Deixei-me que vos diga uma coisa: Um reactorzitos nucleares, sobre supervisão da UE, não faziam mal nenhum... Deixem-se de mariquices... E o governo, esse bando de sucessivos inaptos, porque não reduzem o tempo de avaliação de processos de produção de energia éolica? E porque não dão uns fundos para os jovens empresários se poderem lançar no negócio, pelas fragas, que (ainda*) estiverem livres, para lá do Marão.
Ainda se pode sonhar ou não?
*- Passo muitas vezes por para lá dele (do Marão!) - e devo-vos dizer que existem muitas hélices por aqueles montes - muitas mesmo. Na zona do Marão existem bastantes. Na zona de Ribeira de Pena - Boticas - Montalegre existem também muitíssimas. Parece no entanto que ainda não são suficientes...
sexta-feira, dezembro 02, 2005
Granito
Lixo, lixo e mais lixo
terça-feira, novembro 22, 2005
Hábitos Europeus
segunda-feira, novembro 21, 2005
O Eduardo Acertou!
terça-feira, novembro 15, 2005
sexta-feira, novembro 11, 2005
Benny Hill está vivo!
Mérito a quem de direito...
Concordo. Acho perfeitamente justo.
Na temporada pretérita esse senhor conseguiu a proeza de perder todas as competições em que o seu clube estava envolvido mesmo mesmo nas últimas e derradeiras fases das competições.
É obra. Caso difícil de repetir e que não estará ao alcance de todo e qualquer Zé que povoa os bancos dos rectângulos de jogo.
(E pronto, se o meu colega Slinkman tem o tique dos comentários científicos perfeitamente legítimos, eu tenho o tique do ocasional disparate futebolístico!)
quinta-feira, novembro 10, 2005
O Periquito Assassino II
Que direito tem um produtor de negar as necessidades básicas a uma dada espécie, com vista unicamente no maior lucro possível? Nenhum, claro! Mas nós, criaturas antropocêntricas por natureza, só nos podemos aperceber disso na medida em que somos prejudicados na nossa própria existência.
Infelizmente, as medidas preventivas deste tipo de situações são muito difíceis de aplicar, dado que há muito capital envolvido. Aqui, como em tudo o que meta dinheiro, cria-se uma hierarquia de aproveitadores dos males dos outros (sendo que os outros tanto podem ser animais humanos como não humanos).
Num nível mais baixo, estão os produtores de aves de aviário. A eles, como já vimos, interessa-lhes a rentabilidade máxima, e não têm escrúpulos em forçar ao máximo a indignidade dos efémeros portadores da sua matéria-prima – as aves – desde que seja rentável.
A um nível superior, encontram-se os senhores da indústria farmacêutica, e estes, sim, têm um aproveitamento duplo desta situação. Se por um lado, os aviários exigem grande quantidade de antibióticos e outros medicamentos, por outro, as doenças humanas que daí advêm, exigem muito mais. A caça aos antigripais já começou!
Estes lobbies poderosíssimos inspiram em mim o pessimismo que aprendi com Luís Sepúlveda, que afirma ser extremamente difícil suportar medidas que mexam com o capital.
De qualquer forma, uma solução razoável para prevenir este tipo de situações epidémicas seria legislar, com consciência e a participação de veterinários, biólogos e outros técnicos e teóricos, as condições mínimas em que um aviário pode funcionar. E estas condições dizem respeito, sobretudo, ao espaço disponível para cada ave, ao uso de medicamentos e às acções de limpeza e desinfecção.
Outra das acções a tomar, com certa urgência, é a limitação das populações de pombos urbanos, as tais ratazanas com asas, que, ao contrário daquilo que os técnicos afirmam, poderão não estar imunes a estirpes do vírus das aves. De qualquer forma, são um grande foco de doenças, além de destruírem o património arquitectónico e monumental das cidades.
Depois, se os pombos se tornarem, por acaso, portadores do vírus, o seu contacto privilegiado com a população humana e de outros animais urbanos, pode tornar-se num problemático foco de contágio.
Quanto à passarada migratória, considero ser a mínima das preocupações para o nosso país. Talvez os países da Europa de Leste tenham que controlar mais a saúde dos seus migradores, mas aqui em Portugal, os eixos preferenciais da migração são Norte-Sul. Preocupemo-nos se a gripe chegar a Marrocos. Se vierem aves de Leste, o mais provável é que, se estiverem infectadas e doentes, morram antes de chegar cá.
As feiras ao ar livre também não devem constituir grande problema, se forem cumpridas certas medidas de segurança, como por exemplo, a limpeza escrupulosa dos dejectos, penas e restos de alimentos que ficam nos terreiros.
Já chega de fechar os olhos à realidade. É muito mais provável que o vírus se dissemine nos aviários que em qualquer outro lado. E aqui, os tratadores das aves e as suas famílias, são o principal grupo de risco.
Voltarei quando houver mais novidades. Até lá, não se ponham a fugir dos passarinhos, eles têm mais a temer de nós que nós deles.
segunda-feira, novembro 07, 2005
O Periquito Assassino I
Com alarmismo, claro! Pois é isso que vende jornais e dá audiências aos noticiários. Um alarmismo bacoco e descontextualizado do problema real, com laivos de ignorância transeunte e histeria de mercadores da inocente passarada.
No outro extremo, assiste-se aos especialistas da área, sempre eruditos e ecléticos, discutindo a denominação correcta do vírus e as diferentes estirpes.
E a raiz do problema?
Fala-se de medidas de saúde pública, de remédios, vacinas, galinhas e pombos, mas ainda não ouvi uma explicação razoável sobre de onde veio o malfadado vírus, porque apareceu e porque se disseminou.
Estamos no país dos “bitaites”, onde quem vai à televisão falar destas coisas é quase sempre o médico, que por sua vez é amigo comum de um Secretário de Estado e do director de programas e que tratou a papeira ao filho do jornalista que conduz o debate.
A figura central do médico, sobrevalorizada, dava azo para muitos posts dedicados ao medicocentrismo do sistema de saúde.
Claro que os médicos têm uma palavra a dizer neste assunto, tal como os veterinários. Mas o problema é muito mais abrangente, e a sua foice só entra na seara do mal que já está feito.
Um vírus deste tipo só pode ter surgido em condições de grande intervenção antrópica, ou seja, fomos nós que lhe demos uma mãozinha, e estamos a sofrer as consequências disso.
O que eu pretendo afirmar é que o tal vírus não surgiu por acaso na Natureza, mas é uma criação potenciada pela exploração humana de certas espécies de aves. É o protesto desesperado das galinhas de aviário por melhores condições de vida.
Mais: é a velha história do certo e errado, do bem e do mal, do compromisso entre o consumo e a sustentabilidade.
Como?
Aqui vai: qualquer espécie de animal social se distribui num dado espaço de acordo com as reservas deste, sendo que esta distribuição é um comportamento que resulta de milhões de anos de evolução genética, de adaptação a um ambiente às suas condições.
O Homo sapiens, toldado pela sua pretensa superioridade sobre as outras espécies, perverteu esses comportamentos naturais, forçando grandes “culturas” de animais que visam a máxima rentabilidade numa área mínima.
Assim, temos aviários onde centenas de milhares de aves estão confinadas a espaços pequeníssimos, em oposição com o espaço que essas aves necessitariam para ter uma vida minimamente digna.
Quando falo em dignidade animal, neste caso específico, refiro-me à sua protecção contra o contágio de agentes patogénicos.
Cada comportamento animal tem inerente uma medida de riscos e benefícios. Assim sendo, os animais que vivem em sociedades com um certo nível de organização, fazem-no porque as vantagens (exploração de recursos alimentares, baixa dispersão reprodutiva, estratégias de fuga aos predadores) são maiores que as desvantagens (maior incidência de contágio de parasitas, vírus e bactérias, competição por recursos, etc.…).
A evolução beneficiou, portanto, os animais socialmente mais aptos, espalhando os seus genes numa população.
As aves de capoeira não são estranhas a esta teoria. Basta observar meia dúzia de galinhas e um galo num pequeno terreiro para constatar que existem áreas preferenciais para a alimentação, para a postura, diferentes tipos de relações hierárquicas, o domínio do macho… E isto tudo em aves domesticadas. Já nem falo em aves selvagens!
A grande perversão destes instintos sociais é forçar o aumento exponencial do número de animais por unidade de área – o aviário.
Imagine o leitor um pequeno espaço onde sobrevivem apertadíssimas, centenas de milhares de aves, para exploração de carne ou ovos. A probabilidade de contágio aumenta exponencialmente!
É por demais conhecido o uso de antibióticos nos aviários, para combater as doenças normais que surgem com estas situações. Mas mesmo com uma grande mortalidade de indivíduos, continua a ser rentável criar em aviários. Uma área reduzida exige poucos funcionários e menores gastos em energia e limpeza. E se em 100 000 galinhas morrerem umas 3 000, não há grande prejuízo para o avicultor.
Com o contágio assim facilitado, aumentam também as probabilidades de mutação de vírus. Terá sido assim que surgiu a gripe das aves, algures no Oriente, e é neste contexto que as estirpes dos vírus se podem diferenciar, não sendo de todo absurdo considerar que uma dessas mutações possa tornar possível o contágio humano-humano.
Esta é a forma que as aves têm, metaforicamente, de protestar contra as suas condições de vida, avisando-nos que o que fazemos à Natureza, mais tarde ou mais cedo, se reflecte em nós.
E como este post está a tornar-se enorme e cansativo, deixo-vos com uma boa dose de argumentos geniais, escritos por João Alves, 17 anos, sobre os princípios da discriminação e preconceito em relação às outras espécies, e que o leitor pode encontrar na secção dos comentários.
Regressarei em breve com muito mais sobre as aves migratórias, os dejectos e as ratazanas com asas.
quinta-feira, novembro 03, 2005
Dias Tranquilos em Clichy
Ora hoje, Clichy não tem estado tão tranquilo. Dizia um parlamentar que foram queimados nestes últimos dias cerca de 150 automóveis. Duram estes levantamentos populares há já 5 noites. Mas porquê? Ora Clichy é um pobre bairro de emigrantes àrabes oriundos do Magrebe - onde para se arranjar um emprego tem de ser ir a 100 entrevistas, onde ainda se é posto de lado pela sociedade Gaulesa por causa da cor da pele e pela religião. Ora a maioria dos Árabes de Clichy são tão Franceses como os habitantes da Cova da Moura são Portugueses. Não tem culpa que os países que os acolhem agora e lhes dão a nacionalidade se tenham servido das suas ex-pátrias da forma que quiseram durante séculos e agora os ponham em ghettos sem esperança no futuro e sem emprego. Comeram-lhes a carne, agora comam os ossos.
Lembra-me um maravilhoso filme que vi nos anos 80, e que desde então nunca mais tive a felicidade de ver de novo. Chamava-se "Thé au harem d'Archimède", e tratava exactamente do jovem Árabe Francês e da sua luta do quotidiano. Foi apresentado no Festival de Cannes em 1985 e realizado por Mehdi Charef.
Se puderem vejam. Tenho a certeza que compreenderão melhor. Deixo-vos o link para a entrada no IMDB.
Mau crédito
Ainda quero ver como é que Moçambique, um dos países mais pobres do mundo, vai conseguir esta proeza...
Os países africanos estão enterrados até ao pescoço...
sexta-feira, outubro 28, 2005
Calor misterioso
quinta-feira, outubro 27, 2005
Perdoai-lhes, Senhor, eles não sabem o que fazem...
Por exemplo, a velha expressão “meninos de coro” para qualificar alguém de “bem comportado” sofreu um rude golpe recentemente. Vejam bem que na Irlanda, milhares de crianças conseguiram seduzir cerca de 20 pobres sacerdotes, criaturas respeitáveis por serem desprovidas de tentações.
Shame on the kids…
(horned_dog abana a cabeça de forma desaprovadora…)
terça-feira, outubro 25, 2005
Desmotivação eleitoral
Ah, boas memórias… O Paulinho das feiras. Era vê-lo passear de boina e casaco de tweed, qual gentleman dos prados verdejantes britânicos (ao bom estilo do saudoso Eng. Sousa Veloso). Prometendo justiça na distribuição de riqueza, nas reformas dos pensionistas, sonhando com submarinos e canhões e em andar rodeado de fardas. Ai, nostalgia.
Gostava de ver como seria a campanha agora.
Mas é mais difícil prometer quando se almeja ser Presidente da República. O poder é mais velado, menos autoritário.
Por isso estas campanhas são mais cinzentas. Resta-nos esperar uma trinca de bolo-rei à boca cheia ou um pézinho de dança.
segunda-feira, outubro 24, 2005
Vieira!
Vamos fazer a campanha internautica para angariar assinaturas para a candidatura de M.J.Vieira às presidenciais.
Que me dizem?
Tecno-dependências
Os telemóveis, por exemplo:
Começaram como uma vaidadezinha de quem podia despender uns (bons) cobres para andar a fazer um vistaço na rua e junto dos amigos.
Agora não os largamos. É sms p’ra trás, é mms p’rá frente! E os toques, os toques, meu Deus! É toque para dizer que se chegou a casa bem, é toque para se dizer que se saiu de casa, é o toque só para se dizer que se está do outro lado… São polifónicos, são mp3, são máquinas fotográficas digitais que até dão para fazer chamadas, vejam bem…
Alguém se recorda do tempo em que se marcava um encontro e quando alguém se atrasava (ou era impedido de comparecer à última da hora) isso significava esperar infinitamente até acabar a paciência?
Pois é… Parecem longínquos esses tempos (os catraios nem imaginam o que isso seria).
Vivia-se mais devagar, nem melhor nem pior, mas simplesmente mais devagar. Era diferente.
quinta-feira, outubro 20, 2005
Viva o Bolo-Rei
Enquanto isso, continuamos portuguesitos ignorantes...
Às vezes até me custa acreditar como tenha passado incólume aos olhos dos democratas portugueses, um acto como o daquele homenzito que andou a servir cafés nas Lages aos dementes das armas de destruição maciça que invadiram o Iraque...
O senhor do bolo-rei é o pai político desse homenzito, que agora subiu de posto e é servido de cafés em Bruxelas.
Pais e filhos, sobrinhos e tios, afilhados e padrinhos... é sempre a mesma rodagem.
Mas eu não alinho nesses compadrios. Vou votar alegremente nas próximas presidenciais.
terça-feira, outubro 11, 2005
Pondo a mão na massa...
Não despede o Peseiro para não ter de pagar indemnização.
Vende os jogadores que forma nas suas camadas jovens.
Com o dinheiro que assim consegue não compra ninguém de jeito.
E com o orçamento do futebol profissional criou uma secção de boxe, da qual Beto e Custódio são os primeiros atletas.
Boa política!
segunda-feira, outubro 10, 2005
Coitadinho do Crocodilo
Afinal o amarantino...
É ELEITOR COM MUITO TINO!
E pronto, com este slogan consolida-se uma pequena vitória da democracia e liberdade.
O eleitorado de Amarante soube ver o que se preparava para se instalar no seu concelho e soube rebatê-lo. O derrotado (ou melhor, o pincipal dos derrotados) atribuiu logo as culpas da derrota às "calúnias" veículadas pela comunicação social e às pressões da empresa Mota-Engil, que teria exercido poderes de lobby para impôr o PS no poder local.
Típico.
Nem seria de esperar que Avelino Ferreira Torres chamasse a si a responsabilidade da derrota, ou às suas acções passadas no exercício dos seus mandatos no Marco de Canavezes.
Quanto às outras autarquias "quentes" resta esperar para ver no que aquilo vai dar. Isto de votar em arquidos em processos de corrupção e semelhantes actividades ilícitas não me cheira bem... Custa-me ver pessoas com reputações manchadas a concorrer a cargos públicos antes de "limparem" o seu nome. E custa-me mais saber que muitas pessoas não se importam de lhes pôr nas mãos parte significativa do seu quotidiano.
E se houver condenações?
sábado, outubro 08, 2005
Informação
A Gerência.
quinta-feira, outubro 06, 2005
Desconfiança
A abstenção é o fracasso puro e simples da democracia.
Desiludida como anda a turba, a abstenção tornou-se numa forma de demonstrar a sua insatisfação com a instituição democrática e os seus processos.
Uma insatisfação injusta, mal orientada e de memória curta.
Quase incompreensível numa democracia tão jovem, mas contudo explicável à luz da miséria e da ignorância, dois fantasmas do fascismo, dos quais ainda não nos libertámos por completo.
Vou ser directo: a libertação assenta, principalmente, na negação de um sistema bipartidário, bipolar, que se instalou depois do Verão Quente de 75.
O P.S. e o P.P.D. aproveitaram a ingenuidade libertária de uma democracia florescente, e tomaram nas suas mãos ávidas de poder, um País que parecia ter renascido em Abril. As mentiras “socialista” e “social-democrata”, completamente difusas das linhas práticas que estes dois partidos seguiram, anularam, enfim, o pluralismo pretendido.
Mais: as duas forças partidárias criaram monstros locais, sem qualquer sentido de democracia ou liberdade, como os que agora se mostram, impunes, sob o manto da corrupção autárquica.
Assim, chegamos à altura das eleições com um nível de desconfiança popular assente na tal insatisfação injusta, mal orientada e de memória curta.
Injusta porque desconfia da democracia, não reconhecendo as suas alternativas.
Mal orientada porque aponta para a abstenção.
De memória curta porque esquece a ditadura fascista.
Como tal, o eleitor abstém-se pois já não concebe o poder do seu voto como ferramenta de moldagem da sociedade, sendo que apenas configura um modelo bipartidário.
Isto apenas continua a favorecer o P.S. e o P.P.D., na sua sequiosa ganância de repartir o poder.
Será que vale a pena não ir votar só porque estamos insatisfeitos e desconfiados?
Eu, pelo contrário, considero muito mais relevante o acto eleitoral nestas condições. Votar é um acto de consciência.
Nada irá mudar pelo aumento da abstenção.
terça-feira, outubro 04, 2005
Campanha
"Mamar em Amarante"
Podiamos ir mais longe. O assunto é extenso e tem pano para mangas, como o povo diz. Partilhem connosco os slogans que vos vierem à cabeça, quer sejam políticos comerciais ou sociais.
Revolucionemos a publicidade.
Divina providência
Se não for das máquinas, então muito provavelmente é castigo divino.
É justo.
Há gajos melhor comportados.
Votam PP, vão à missa, abstêm-se do sexo pré-marital, da bebida e outras coisas mais - meninos, não encarem isto como crítica, apenas como divergência de opinião.
Como costumo dizer, tudo o que é bom na vida ou faz mal ou é pecado.
Chiça, venha de lá o spam em catadupa, então...
segunda-feira, outubro 03, 2005
Se és bom amarantino...
NÃO VOTES NO AVELINO!
É o meu slogan de hoje.
Caramba, pessoal de Amarante (sei que pelo menos um costuma ler este humilde blog!), não permitam que a Democracia seja destruida no vosso Concelho!
É que esse Sr. Avelino é duma estirpe de verdugos que radicam a sua conduta no feudalismo...
Há quem lhes chame CACIQUES.
E quereis que as vossas conversas de café sejam registadas por bufos como se fazia no tempo da Velha Senhora e na actualidade no Marco de Canaveses?
Quereis ter uma Avenida Avelino Ferreira Torres?
Quereis a política de betão armado a destruír a beleza monumental da vossa cidade?
Pensem bem e votem em consciência. Não se abstenham. Nem que tenham que recorrer a essa coisa horrível na Democracia que é o voto útil!
Para grandes males, grandes remédios. Por isso:
SE ÉS BOM AMARANTINO,
NÃO VOTES NO AVELINO!
A crise, a crise... II
Hoje passei pela baixa do Porto e, além do triste vendedor de castanhas que já lá estava, havia também aquele ambiente de incêndios, o fumo, o cheiro a floresta carbonizada, a luz diáfana...
Em Outubro, veja-se.
Mais! - Na Praça dos Poveiros, já lá estava uma gigantesca decoração de Natal.
Sim, em Outubro, debaixo de uns amenos 26ºC (e foi um dia mais fresco hoje).
Será que o Mundo está perdido?
Hoje, em dia de eclipse.
domingo, outubro 02, 2005
O descaramento!!!
E não é que agora o ataque até já contempla os blogs!?!
Vejam o comentário ao meu post anterior...
Este mundo tá perdido!
Qual será o passo seguinte?
P.S: Mal este texto foi introduzido apareceu imediatamente um comentário spam ligado ao post... Vou ter de resolver isto!
sábado, outubro 01, 2005
A crise, a crise...
As vítimas, desta feita, vão ser os vendedores de castanhas, que habitualmente povoam as ruas das Baixas das nossas cidades. Não estou a ver grande procura para as castanhas assadas, quentinhas, em dias de 28.ºC!
O próximo passo é uma grande manisfestação de produtores de castanha e respectivos revendedores, a culpar o Governo... No Rossio ou em St.ª Catarina.
segunda-feira, setembro 19, 2005
Globalização...
A coisa já é antiga de uns 5 anos, mas só me chegou agora às mãos, por e-mail, e a razão de tal atraso deveu-se à falta de divulgação deste excelente discurso de um ministro de Lula, que deve ter incomodado muita gente.
É mais uma chamada de consciência do que é a porra da globalização para alguns países ditos "desenvolvidos" e o que eles esperam dessa globalização, escondida detrás das cortinas da protecção ambiental e cultural.
O que esses especuladores sem escrúpulos querem é lixar ainda mais os desvalidos, os fodidos da vida, para encherem os bolsos!
Leiam agora o artigo e o discurso, em português do Brasil, e sejam também vocês, caros leitores, a testemunharem contra a injustiça das grandes diferenças sociais entre o Mundo Civilizado dos Senhores de Colarinho Branco e os Desgraçadinhos da América Latina e da África e da Latrina Asiática...
O Globo 23/10/2000
Durante debate recente em uma Universidade, nos Estados Unidos, o ex-governador do Distrito Federal e ex-Ministro da Educação, Senador Cristovam Buarque, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.
O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro.
"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.
Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a Humanidade.
Se a Amazônia, sob uma óptica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço.
Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um País.
Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.
Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas a França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um País.
Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.
Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA.
Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a Humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.
Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.
Nos seus debates, os atuais candidatos a presidência dos EUA tem defendido a idéia de internacionalizar a s reservas florestais do mundo em troca da dívida.
Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do mundo tenha possibilidade de COMER e de ir a escola. Internacionalizemos as Crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia.
Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando deveriam viver. Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa!."
sexta-feira, setembro 16, 2005
Relembrar
Eles nem sequer precisam. De verdade não. Quem anda nestas andanças não precisa de divulgação porque o faz por gosto pessoal. De qualquer modo nunca se sabe se podemos através destas linha cativar mais alguma alma perdida no tempo. Ou talvez não. Aqui fica de qualquer modo. O post anterior recordou-me deles - (e se algum tempo passei no Museu Militar foi em companhia de alguns membros).
Se gostarem procurem. Digam aqui qualquer coisa, sei lá...
Ah, e vejam a galeria, por amor de Deus, vejam a galeria.
Associação Napoleónica Portuguesa
segunda-feira, setembro 12, 2005
Museu Militar do Porto
Merece uma visita!
Aos interessados:
Museu Militar do Porto
Rua do Heroísmo, 329
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tel. 225 365 514
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terça-feira, setembro 06, 2005
Rolha
Fiquei sem palavras. Comentem os meus pacientes leitores...
sábado, setembro 03, 2005
Racismo Eventual
sexta-feira, setembro 02, 2005
Impotência
Os meus sentimentos para aqueles que perderam os entes queridos e ficaram desalojados, com esta catástrofe.
Para quem quiser saber mais sobre furacões - Página da NASA
quinta-feira, agosto 25, 2005
A enxada
Recomendo uma visita a esta parte do Alto Alentejo. Vale a pena! Não se vão arrepender.
quarta-feira, agosto 17, 2005
Uma pedra de gelo no Verão
Mais sobre o Ötzi aqui:
Ötzi's Last Journey
The Iceman's Last Meal
O UnReal World é shareware e custa 30 EUR. Bem empregues. Diz ao Sami que vens da minha parte.
Já que falei do Paleolítico porque não incitar-vos a uma visita ao Parque Arqueológico do Vale do Côa? Eu estive lá à uns anos com uns compinchas e fiquei muitíssimo bem impressionado com a estrutura montada em volta das gravuras. Thumbs up para o Ministério da Cultura.
quinta-feira, agosto 11, 2005
A lista do Marcelo...
Com uma ligeira ressalva:
Eu leio e vejo o que posteriormente recomendo, não me limito a fazer publicidade.
Plágio ou tributo?
Vou deixar de parte a crónica sócio-económica (muito bem entregue ao meu caro camarada Slinkman, mais culto e mais consciente que a minha pessoa) e enveredar por outros caminhos. Ao espreitar um draft do meu amigo F.S. (que me perdoe o atrevimento e a inconfidência) encontrei uma referência sobre Gene Wolfe, um dos seus escritores favoritos e mestre da ficção científica, por direito próprio. Ora, isto reacendeu o meu interesse pelo autor e levou-me a procurar na Internet informações que complementassem o meu parco conhecimento da sua obra (no meu currículo consta apenas a leitura da tetralogia "The Book of the New Sun" - considerada o seu melhor trabalho). Encontrei assim referência a um livro que escreveu em 1986, "The Soldier of the Mist", protagonizado por um mercenário oriundo do norte da península helénica, nos longíquos anos do século V A.C., que ao receber um golpe na cabeça perde a memória de curto prazo, necessitando diariamente de escrever tudo o que acontece após o momento da pancada, sob pena de o esquecer assim acordar para um novo dia. Recordei-me imediatamente: já vi isto em algum lado! O filme "Memento" de Christopher Nolan e um jogo de PC, "Planescape: Torment" assentavam o seu enredo em protagonistas que padeciam dessa mesma condição, se bem que com algumas variantes... Ambos os trabalhos possuem, na minha opinião, uma qualidade assinalável e não trarão porventura mácula ao conceito que terá sido criado por Wolfe no seu romance. Digo "terá sido criado" porque como antes não conhecia a influência deste romance no filme de Nolan e no jogo PC, também neste momento desconheço se o trabalho de Wolfe é resultado de uma influência anterior (nem sequer li o livro). Mas uma dúvida instala-se no meu raciocínio: serão estes trabalhos possíveis tributos ao conceito de Wolfe ou poderão ser considerados plágio? Creio que as minhas dúvidas poderiam ser esclarecidas se nos agradecimentos que geralmente constam da lista de créditos destes trabalhos fosse referido o nome de Wolfe. Mas neste momento não sei se isso ocorrerá. Acho perfeitamente legítimo ir buscar influências e inspiração em trabalhos de qualidade de outros autores, desde que lhe seja atribuído o devido crédito, e não se tente fazer passar por inovador e original. Até porque um bom conceito possui um potencial que raramente poderá ser explorado apenas por um autor, e que até poderá ganhar valor com a visão diferente proporcionada pela criatividade de diferentes autores.
Assim sendo recomendo vivamente:
Gene Wolfe - escritor magnífico de Sci-Fi
"Planescape: Torment" - Jogo PC da Black Isle
"Memento" - Filme de Christopher Nolan
quarta-feira, agosto 10, 2005
A Televisão nos Tempos da Agricultura
O sector da agropecuária estava bem vivo no Portugal dos anos 80, pois as tentativas de uma verdadeira reforma agrária deram grande incentivo a pequenos e médios agricultores e à proliferação de cooperativas em quase tudo o que fosse concelho rural.
A RTP andava atenta a este fenómeno, que se acreditava (e muito bem!) estar na base da economia de um país. Prova disso era o fantástico programa TV Rural, aos Domingos de manhã, apresentado pelo Eng. Sousa Veloso.
Este homem era o suprasumo da simpatia, da cordialidade e da afabilidade. Tratava com o mesmo carinho e dedicação o produtor de tomates do Ribatejo ou o pastor de Ovelhas da Golegâ. Afagava com tanta ternura uma vaca leiteira da Serra de Arga ou uma laranja de Silves. Toda essa reverência pelo produto nacional era parte de uma cultura transversal que começava nas Escolas Primárias, onde se estudava tudo o que era produzido em cada região do país, e acabava nas bancas das mercearias, onde os produtos ali estavam expostos sem a esmagante concorrência da fruta magrebina ou espanhola...
O Eng. Sousa Veloso era um amante das feiras de gado e de toda e qualquer actividade que mostrasse o produto das terras. Andava radiante, entrevistando criadores, gabando as reses, apalpando a fruta, imune ao cheiro das pocilgas e ao pó da terra batida.
Como eram aliciantes esses tempos de esperança... e que imagem dava o programa do sector produtivo em Portugal...Claro que tudo foi acabando com a entrada na CEE... hoje a nossa atrofiada agricultura é uma fonte de subsídios, as pescas são projecteis eleitoralistas na altura das eleições europeias e quase tudo o que comemos vem doutro país. Mais uma vez, os poucos poderosos ganharam sobre os muitos oprimidos... os latifundiários mantiveram direito a terras que não usam, os senhores da europa financeira ganharam-nos os mares e o gado e o leite e as moscas e a dignidade do agricultor...
E a ignorância triunfou, da triste forma que hoje já quase nem sabemos transformar uma espada num arado ou numa caneta. Abril bem tentou, mas falhou... (e um dos verdugos do falhanço anda a farejar uma cadeira que já ocupou!).
Resta-nos a memória do Eng. Sousa Veloso e do seu amor à terra.
E assim me despeço, com amizade...
Outro Trio Fantástico
segunda-feira, agosto 08, 2005
E-insultos@mail.qualquercoisa.ru
Porra! Não consigo abrir a minha conta de e-mail do Gmail sem lá ter sempre pelo menos 2 ou 3 mensagens de spam!
E o mais aborrecido nem é ter sempre de apagar aquela m*rd@, mas sim ter de aturar as mensagens promocionais de Cialis e Viagra!
Isto de ter a virilidade atacada via e-mail é muito irritante! Só por causa disso vou ter de navegar pelo menos por 10 sites de gajas nuas, só para manter a reputação...
O Rancho Folclórico
sexta-feira, agosto 05, 2005
Fruto de época
Este nosso blog é mais activo em determinadas épocas. Nesta altura do ano, as temperaturas convidam a outras actividades que não o posting... O calor causa uma letargia enorme nas partes criativas do cérebro, levando o nosso corpo a desviar as suas energias para... outras paragens! Assim sendo a nossa atenção vira-se para a actividade física e o consumo da fruta da época, que surge quanto os tempos começam a escaldar... Umas meloas (ou mesmo melões!), umas perinhas e outros frutos carnudos e suculentos... Assim funciona o nosso instinto, digamos, de preservação da espécie, e este vosso correspondente, como simples mortal que é, sofre dos mesmos efeitos... Por isso arredo-me do computador e desloco-me a paragens mais frescas!
Umas boas férias para vós...
segunda-feira, julho 25, 2005
E agora uma piada de mau gosto!
Agora vou prá minha cela penitenciar-me por dizer estas barbaridades...
Como desculpa posso dizer que isto é uma consequência do término de uma semana de férias e de uma segunda-feira estupidificante de trabalho acumulado!
A todos as minhas desculpas, principalmente às vítimas do Holocausto, o humor negro tem destas coisas...
quarta-feira, julho 20, 2005
Foi tudo de arrasto
Higiene e segurança no trabalho
sexta-feira, julho 15, 2005
Tributo
www.gaiolaaberta.blogspot.com
Apenas podemos lamentar o facto do blog não ser actualizado já há bastante tempo, o que me leva a temer pela idade avançada do Mestre.
Se tiverem oportunidade visitem o blog e apreciem as críticas humorísticas...
quinta-feira, julho 14, 2005
Extremos
quarta-feira, julho 13, 2005
Lully
Terá sido em 1653, quando Lully dançou num ballet com o jovem rei Luís XIV (com 14 anos nessa altura) que este terá adquirido por Lully uma singular amizade e consideração. Em Março desse ano Lully é nomeado "Compositor da Música Instrumental do Rei", sendo responsável pela música dos bailados da corte. Distingue-se pela sua dança, composições, direcção de orquestra e capacidades cómicas. Em 1661 começa a chamar-se a si próprio "Jean-Baptiste de Lully, escudeiro, filho de Laurent de Lully, cavaleiro florentino". Naturaliza-se francês e casa com a filha do mestre de música de câmara do rei. Estaremos agora a meio da história de Lully, mas gostaria de convidar o meu leitor a ver o filme "Le Roi Danse" de Gérard Corbiau (realizador de "Farinelli: Il Castrato") que conta bastante melhor a história de Lully e de Luís XIV do que eu alguma vez conseguiria. A banda sonora do filme editada pela Deutsche Grammophon (em Super Audio CD!) é também bastante digna de nota. É a interpretação de temas de Lully pelo ensemble Musica Antiqua Köln liderado por Reinhard Goebel. Leram. Agora vejam e oiçam.
terça-feira, julho 12, 2005
E por falar em terroristas...
segunda-feira, julho 11, 2005
Terror e Opressão: o ciclo vicioso
Nova York, Madrid, Londres. Gaza, Belfast, Bilbau. Telavive, Srebenica, Bagdad. Atentado, Atenção, Retaliação. Terror e Opressão.
Se o terrorismo é injustificável, imperdoável, repudiável, o contra-terrorismo opressivo é apenas uma forma de legitimar o terror aos olhos dos terroristas. Polémica ideia, esta de dizer que, ao combatermos os terroristas, apenas temos contribuído para o seu encrispamento e para a escalada das suas execráveis actividades. Polémica ideia!
Porque o nosso racionalismo ocidental não encontra racionalidade no terrorismo. Porque não o distingue nas suas formas. Porque receia, fundamentalmente, tudo o que possa comprometer o seu “life style”, o seu quotidiano, a sua paz e tranquilidade, a sua qualidade de vida, o seu “wellfare”, construído, muitas vezes, sobre a exploração dos mais fracos.
Por menos racional que nos pareça um terrorista, isto não nos impede de nos colocarmos no seu lugar, de ver o mundo através dos seus olhos. De tomar uma perspectiva de 3ª pessoa.
Aí, saberíamos que as razões de aterrorizar de um nacionalista basco são diferentes das do palestino. O medo pode ser a arma mais forte dos dois, mas as motivações são distintas. Se no País Basco é o veneno do nacionalismo que corre no sangue desses sápatras, na Palestina é o fundamentalismo religioso que, não sendo fundamento de terror, serve para encorajar gente espoliada há dezenas de anos dos seus direitos fundamentais, a se rebelarem da forma mais eficaz que conhecem, da pior forma possível, mas no entanto, possível.
Nesta altura da minha narrativa, é extremamente importante distinguir justificar de explicar. A meu ver, tem sido a incapacidade desta distinção que tem impedido a compreensão do fenómeno do terrorismo. Eu, como defensor dos Direitos Humanos, considero o terrorismo injustificável. Isso não significa que não seja explicável. Pode e deve ser.
A História tem uma enorme capacidade de explicar o terrorismo. A sua origem foi sempre a opressão e a sua cura foi sempre a integração.
(Atenção, americanos: as palavras opressão e integração não são sinónimos, ao contrário do que as vossas acções têm preconizado.)
Veja-se o exemplo da Jugoslávia de Tito, onde não havia conflitos étnicos ou religiosos. Todos eram membros de uma sociedade, todos trabalhavam para o bem comum. Bastou a fragmentação da bela Jugoslávia ser aproveitada por uns quantos líderes populares e populistas inexcrupulosos, para se assistir a uma escalada de nacionalismo doentio e de fundamentalismo religioso destrutivo.
Assim, oprimir é negar a alguns os seus direitos fundamentais. Integrar é formar uma sociedade assente, sobretudo, na Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Integrar é formar uma sociedade respeitadora, por exemplo, da liberdade religiosa. De professar uma religião livremente, o que significa que esta actividade não interfira com a liberdade de outro Ser Humano professar a mesma ou outra religião. Assim, uma sociedade integradora tem, por princípio, que formar um Estado laico.
Que seria de Israel se a sua autoridade enquanto Estado não emanasse de escrituras sagradas? Poderá haver verdadeira cidadania quando alguém que professe dada religião, nasça e tenha que viver num país onde as regras para todos os seus habitantes radicam noutra religião?
Outra faceta da integração é a educação. Educar para os Direitos Humanos, para a cidadania, para a tolerância e solidariedade é essencial para formar sociedades livres e pacíficas.
Ideias como o nacionalismo, a xenofobia, o racismo, podem ser facilmente desmontadas com recurso a uma educação humanista e social.
A nós, cidadãos do Planeta Terra, que assistimos à derrocada da maior parte das sociedades e ao anúncio da doença da civilização contemporânea, resta-nos imaginar um mundo melhor e lutar por ele.
sábado, julho 09, 2005
sexta-feira, julho 08, 2005
Crónica de mais um Verão
Os prédios estão tingidos por uma luz laranja pálida, inconsistente com a hora do dia e a altura do ano. Um rápido olhar para o céu desvenda a razão. Um véu cinzento carregado corrompe o azul vivo que a metereologia justificava para um céu de Verão, filtrando a luz solar. Nas ruas, uma anormal quantidade de partículas, um pouco à semelhança de uma pequena praga de insectos, esvoaça por entre os transeuntes.
Cinzas.
Sintomáticas dos 21 fogos que lavram no distrito do Porto.
Continuamos sem solução para um problema crónico, agora agravado pela severa seca que o País atravessa.
quinta-feira, julho 07, 2005
Feira
A outra ideia é que nos corredores onde se agrupam os produtos que estão a vender menos - pois a atracção do momento está no que atrás relatei - as vendedoras saem da sua barraca e aproximam-se dos potenciais clientes sorrateiramente e com voz meiga pedem: "Compre aqui qualquer coisinha"... Fazem exactamente lembrar as putas de rua. A atitude, a entoação, a movimentação é exactamente a mesma. Curioso.
07/07/2005
Seja qual for a razão que pensamos que nos assiste, a sua expressão através do terrorismo ou outra qualquer forma de violência, arruina por completo a mais nobre das causas...
A força física (entenda-se violenta) não confere força moral às nossas convições, gerando apenas mais ódio e medo, alimentando assim a fogueira dos conflitos e diminuindo exponencialmente as probabilidades de resolução de qualquer problema...
"Olho por 0lho, dente por dente"
Nada poderia ser mais errado... Conflitos prolongam-se nos anais da história através da violência repetida, ora para um lado, ora para o outro, perpetuando o ódio como um tipo qualquer de ping-pong ridículo... Tu mataste o meu pai, eu vou-te matar, apenas para enfrentar depois a morte às mãos dos teus filhos, e assim sucessivamente...
Respeito. O método ideal para um bom início... O amor fraternal entre todos os Homens é utópico. É óbvio. Mas o respeito mútuo é possível e absolutamente fundamental.
Resta-nos nunca perder a esperança...
quarta-feira, julho 06, 2005
Paquidermes
Noutra ocasião enquanto criança tive a experiência de montar um elefante, qual Aníbal Barca a transpor os Alpes. Não que eu soubesse quem era Aníbal na altura, mas era claro que quem quer que montasse uns destes animais tinha e ser uma pessoa importante. Foi o meu avô que pagou a aventura, depois de uma sessão de circo. Tive direito a uma fotografia tirada por uma Polaroid montado naquele dorso enorme, que as minhas pernas mal podiam abranger. Lembro-me que o animal tinha uma corrente à volta do pescoço, onde me agarrei com firmeza. Dessa experiência retenho a textura singular da pele do animal e o seu cheiro particular. Quando agora recordo esses momentos não consigo imaginar o odor do elefante, mas sei que o reconheceria em qualquer lugar, tal como qualquer homem reconhece o perfume de uma velha amante, quando este o envolve de novo, por mais anos que sejam volvidos.
Acho que o Jardim Zoológico está a treinar outro animal para aquele serviço importante nos jardins da Residência Oficial do Primeiro Ministro. Desta feitas só aceita notas.
Porto dos pequeninos
Outra coisa: alguém me explica o que é aquele símbolo, um mais e um menos colado nas parede da Baixa?
terça-feira, julho 05, 2005
A Pérola do Atlântico...
As mais recentes declarações do menino Alberto João, pouco subtilmente xenófobas e racistas, atestam mais uma vez que existe algo naquela cabeçorra que não vai bem.
Cada vez mais concordo com uma teoria expressa por Rui Zink, nos tempos do saudoso programa de TV "A Noite da Má Língua", em que este afirmava que deveria ser dada a independência à Madeira, tão desejada por Jardim, para depois podermos bombardeá-la à vontade! O único senão era perder uma bela paisagem e um desejado destino turístico... Mas não é uma solução que os nosso governantes façam questão de aplicar... É pena!
Assim sendo, a Madeira continuará entregue ao Alberto João e a quem vota nele.
Sinto-me na obrigação de afirmar que isto sim, é dar pérolas a porcos!
terça-feira, junho 28, 2005
À sombra do baobá
(Sinclair User, Dezembro de 84)
Existem pessoas diferentes e bafejadas pelos Deuses. Se calhar é melhor deixar o Stéphane descansar à sombra de um baobá, enquanto eu o invejo por poder ter feito essa escolha.
Para saberem mais sobre estes assuntos façam o favor de visitar:
Stephane Picq's Musical Ship - o seu site, sem updates desde Outubro de 98 (coincidência não é :P ?)
Matthew Smith's Lair
The Matthew Smith Mistery
Matthew Smith: International Computer Programmer of Mystery